Do plantio à comercialização, as quatro estações do dia de campo sobre soja, realizado na quinta-feira (20/02) em Tenente Portela, mostraram resultados alcançados nas últimas quatro safras, na propriedade da família Lapazin, na localidade de Lajeado Bonito. O evento reuniu público de cinco municípios da região Celeiro do Estado e também foi prestigiado pelo prefeito, Clairton Carboni, e pelo vice-prefeito, Valdir Machado Soares.

A propriedade é uma Unidade de Referência Técnica (URT) adotada pela Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com o objetivo de intensificar o Monitoramento Integrado de Pragas (MIP).

O manejo tem sido decisivo para o bom desempenho da lavoura e o ponto de partida é o solo. Amostras da lavoura foram analisadas em laboratório e indicaram a necessidade de nutrientes (calcário, fósforo, potássio). “Precisamos ter sempre solo que armazena e recicla nutrientes e que seja uma poupança para o agricultor”, disse o extensionista da Emater/RS-Ascar, Cesar Yolare Zamarchi.

Após a análise de solo e a reposição de nutrientes, teve início o plantio. Inicialmente, optou-se por cultivares de soja com baixa exigência nutricional, e, posteriormente, evoluiu-se para variedades “de ponta”, com maior peso de grão. Entre uma safra e outra, a área cultivada com soja ganhou adubação verde (nabo, trigo, aveia preta). “Pra mim, não tem coisa melhor, aqui em roda, fica todo mundo de boca aberta”, comemorou o proprietário, João Lapazin Neto.

No total, o agricultor desembolsou R$ 1.322,66 por hectare, sem contar os custos com o uso de máquinas, que foram terceirizadas. Na ponta do lápis, o extensionista da Emater/RS-Ascar, Luciano Juris, que acompanha o desenvolvimento da lavoura dos Lapazin, informa que o insumo mais caro, na atual safra, foi o adubo (R$ 546,00/ha) e o mais barato, o inoculante (R$ 5,00/ha). A meta, para a colheita que se aproxima, é superar as 70 sacas por hectare.

O Monitoramento Integrado de Pragas (MIP) outra prática adotada, busca o equilíbrio da população de insetos. O monitoramento, feito com o pano de batida, informa o nível de infestação de pragas e assim o agricultor pode reduzir o número de aplicação de defensivos, fazendo com que poupe dinheiro. Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar, Gilberto Bortolini, uma das finalidades do MIP é preservar os inimigos naturais dos percevejos e lagartas. A “tesourinha”, por exemplo, é benéfica à cultura da soja, sendo capaz de comer centenas de ovos da lagarta Helicoverpa armigera.

A comercialização é outra etapa que está no horizonte de quem produz soja. Sendo global, o mercado da soja apresenta oportunidades, mas o produtor tem de estar atento, para se proteger de eventuais riscos. Acordos internacionais, entre Estados Unidos e China, e coronavírus foram citados pelo extensionista da Emater/RS-Ascar José Rubens Hermann dos Santos como exemplos de episódios que podem ter influência no mercado globalizado da soja.

Apoiaram o dia de campo sobre soja a Cotricampo, Banco do Brasil, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Sicredi, Cresol, Sicoob e Sintraf.

Fonte: Emater/RS

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