CHICAGO: Soja fecha em leve alta, com aumento da demanda americana; moagem decepcionou

Com o mês de maio entrando como mês de entrega, mudamos nossa base para julho. O contrato de soja para julho22 fechou em alta de 0,58% ou 9,50 cents/bushel a $ 1656,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,74%, ou $ 11,0 cents/bushel a $ 1491,0. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,88%, ou $3,6/ton curta a $ 412,9 e o contrato de óleo de soja fechou em queda de 0,80% ou $ 0,67/libra-peso a $ 83,12.

Dados encorajadores sobre embarques semanais geraram estímulo do lado da demanda externa. Quanto ao volume mensal de moagem, ficou um pouco abaixo do esperado, embora tenha superado os níveis do ano anterior e a média histórica. O mercado aguarda uma atualização sobre o andamento do plantio, que permanece abaixo da taxa histórica (ver acima os resultados pós sessão).

O relatório de Inspeções de Exportação desta manhã registrou embarques de soja em 784.187 toneladas na semana que terminou na quinta-feira. Isso foi mais do que o dobro da mesma semana do ano passado e um aumento de 55,4% em relação à semana anterior em uma alta de 4 semanas. As remessas no acumulado do ano desde 1º de setembro são de 48,5 MT, elevando o total para 13,2% acima do ritmo do ano passado.

As ideias comerciais para o progresso do plantio de soja nos EUA estavam em 30-33% até domingo, ainda abaixo do ritmo médio de 39% para esta data.

Os dados de esmagamento de soja de abril do NOPA indicaram que 169.788 mbu (4,59 mt) de grãos foram esmagados durante o mês. Isso foi bem acima do ano passado, mas abaixo da estimativa de 172,37 mbu (4,69 mt) e do recorde de 2020. Os estoques de óleo de soja ficaram um pouco abaixo das estimativas em 1,814 bilhão de libras.]

O Brasil vendeu entre 1,8 e 2,0 milhões de toneladas na semana passada, segundo avaliação de corretores, a maioria no mercado spot, porque as margens na origem voltaram a ser competitivas. Nesta segundafeira o Brasil pode ter vendido mais 12 navios, principalmente para embarques em junho e julho. O spread entre os preços CNF China entre Brasil e EUA para junho e julho e outubro, novembro e dezembro ficou maior.



GIRO PELOS ESTADO

  • RIO GRANDE DO SUL: Colheita para novamente, vendas no mínimo

Assim como na semana anterior, esta semana abre bastante inexpressiva em relação aos preços, com nenhuma variação para o Estado de Rio Grande do Sul. Isso se deve às forças contrárias que agiram nesse dia altamente volátil: na abertura o dólar se distanciava bem e causava elevação nos preços dos grãos, mas mais próximo ao fechamento as médias foram caindo até que se pronunciaram abaixo das de semana passada. Esta informação, claro, faz referência aos preços mais próximos, mas alguns vencimentos mais distantes se valorizaram devido às questões que envolvem o plantio norte americano que se encontra atrasado e também às variações de milho e trigo que fazem impacto sobre a soja.

Preços de pedra: permanece a R$ 183,00. Preços no porto: permanece a R$ 200,00 mantendo as máximas vistas no último relatório de sexta-feira, devindo as notícias do dia a de se pensar que esse preço é firme, pois havia alcançado estes níveis no último relatório onde se especulava o que agora tornou-se realidade. Preços no interior: dia sem movimentos para o interior, Ijuí, Passo Fundo e Cruz Alta mantiveram-se em R$ 195,00, Passo Fundo manteve-se em R$ 196,00.

  • SANTA CATARINA: Variações pequenas nos preços, negócios lentos

Mercado segue na falta de movimentos anterior, mercado bastante morno e paciente, hoje, assim como na quarta-feira passada foram efetuados alguns negócios, nada muito expressivo, volumes de cerca de 3.000 toneladas ao todo em preços que variam entre R$ 197,80 e R$ 198,00, a maioria dos produtores não vendem por valores inferiores a R$ 200,00.

  • PARANÁ: Sem movimentos nos preços ou negócios

Dia sem movimentos no Paraná, em que a soja marca altas amenas de 0,58% em Chicago no fechamento, sendo levada pelo milho, mas dólar acaba firmando força contrária, juntamene com os prêmios e fica em 0,12% negativos. Com estes números muitas regiões permaneceram sem movimentos e, a menos que vendas tenham sido efetuadas nos preços mais altos vistos até as 11 horas da manhã, o parâmetro acaba ficando mais por baixo. Ademais, devido à umidade a colheita está parada e o produtor ainda aguarda que o valor chegue na faixa dos R$ 200,00 de novo, o que ainda não aconteceu, mas parece um cenário cada vez mais certo visto a conjuntura econômica do momento, é, portanto, natural que os volumes estejam sendo guardados.

Preço no porto: permaneceu a R$ 198,00.

Preços no interior: não foram vistas melhoras nem mesmo no interior onde a sensibilidade tende a ser alta devido a competitividade das fábricas, Cascavel e Maringá seguem a R$ 181,00, Pato Branco a R$ 180,00 e Ponta Grossa a R$ 196,00.

  • MATO GROSSO DO SUL: altas gerais acompanhadas por vendas pontuais

Mato Grosso do Sul abre semana de forma mais positiva do que as demais regiões estudadas nestes relatórios. Isso se deve essencialmente à alta reatividade do Estado e a maior facilidade de fechar negócios por lá, devido especialmente às preocupações com o milho e ao atraso norte americano na safra de soja. Além disso houve boa expressividade por parte do dólar no começo do pregão e foi quando foram efetuadas 5.000 toneladas em vendas.

Preços: todas as regiões marcaram alta de R$ 2,00/saca, com isso Dourados foi a R$ 185,00. Campo Grande a R$ 185,00. Maracaju a R$ 184,00. Chapadão a R$ 182,00. Sidrolândia a R$ 183,00.

  • MATO GROSSO: dia praticamente parado, Campo Verde sobe 0,6%

Após uma semana ade alta volatilidade esta abriu com fechamentos mais amenos, com a maioria das posições sem movimentos. Campo Verde se valoriza em 0,68% e vai a R$ 176,60, Lucas do Rio Verde permanece a R$ 157,60, o preço parece rotacionar para este valor sempre com a aproximação do fim de semana e segue nele no começo, Nova Mutum permanece a R$ 175,50, Primavera do Leste a R$ 179,50, Rondonópolis a R$ 175,89 e Sorriso, por fim, permanece a R$ 175,30.

  • MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, Bahia sobe expressivamente

Região de Balsas no Maranhão, o preço da soja seguiu a R$ 180,00. O porto maranhense de Itaqui ficou a R$ 164,00. Porto Nacional-TO, por sua vez também não se moveu e ficou a R$ 150,40. Uruçuí-PI por sua vez não se moveu e permaneceu a R$ 174,50. Por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, os preços passaram por salto expressivo ao se elevar em R$ 7,50/saca, com contratos de julho indo a R$ 180,00, subindo aproximadamente R$ 2,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica

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