A semeadura alcança 93% da área projetada. Houve uma desaceleração significativa no período em função da recorrência de precipitações volumosas e dos curtos intervalos de tempo seco, que não permitiram a adequada redução da umidade do solo para a operação das semeadoras
A maior parte das áreas (93%) encontra-se em fase vegetativa, e inicia o florescimento de cultivos mais precoces (7%). As lavouras implantadas no início do período apresentam elevado vigor vegetativo devido à combinação de disponibilidade hídrica e temperaturas elevadas e de radiação solar satisfatória. As melhores lavouras estão implantadas em solos bem estruturados, onde há maior teor de matéria orgânica e cobertura vegetal adequada, as quais favorecem a infiltração e o armazenamento de água. Já nos cultivos implantados em solos mais compactados ou com menor cobertura, são observadas ocorrências de erosão laminar e em sulcos, especialmente em lavouras em fase de emergência. Em semeaduras realizadas sob condições menos favoráveis de umidade, especialmente após períodos de déficit hídrico seguidos por chuvas intensas, foram registrados casos de desuniformidade de emergência, falhas de estande e necessidade pontual de replantio.
Em algumas áreas, especialmente no Noroeste, os elevados acumulados pluviométricos de dezembro superaram a média histórica, e houve danos à infraestrutura rural, especialmente em estradas vicinais, alagamentos pontuais em lavouras localizadas em áreas ribeirinhas e de relevo mais baixo, além de erosão mais significativa em coxilhas mal conservadas.
A incidência de pragas e doenças permanece baixa, embora o manejo fitossanitário esteja condicionado pela elevada umidade do ambiente, o que levou alguns produtores à adoção de aplicações preventivas de fungicidas. Para a Safra 2025/2026, no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os volumes de precipitação entre 35 e 130 mm beneficiaram a germinação e o desenvolvimento vegetativo. Na Fronteira Oeste, nas áreas de terras baixas, o plantio está mais atrasado, devendo avançar para janeiro de 2026. Foram observados alagamentos localizados em estradas e em lavouras situadas em baixadas.
Na de Caxias do Sul, a semeadura foi praticamente finalizada nos Campos de Cima da Serra, acompanhando o encerramento recente da colheita do trigo. As lavouras apresentam estabelecimento e desenvolvimento inicial satisfatórios, após a reposição hídrica.
Na de Erechim, as lavouras estão em fase vegetativa. O acumulado médio de precipitação foi de aproximadamente 100 mm no período, o que colaborou para a melhora do aspecto vegetativo das plantas, apesar de, em algumas áreas, haver problemas de má germinação, resultando em estandes abaixo do ideal.
Na de Frederico Westphalen, a semeadura foi concluída. Cerca de 75% das lavouras estão em fase vegetativa e 25% em florescimento. Algumas áreas apresentaram dificuldades de estabelecimento em decorrência do déficit hídrico inicial. Porém, de modo geral, observase bom estande de plantas e ausência de problemas fitossanitários relevantes. O período prolongado de chuvas não causou prejuízos às lavouras.
Na de Ijuí, a cultura apresenta excelente desenvolvimento após o restabelecimento da umidade do solo. Aproximadamente 3% da área, correspondente às lavouras mais precoces, iniciou o florescimento na haste principal, enquanto o restante permanece em fase vegetativa. Os tratos culturais foram prejudicados pelas chuvas intensas e irregulares (entre 180 e 450 mm). Em 26/12, volumes elevados em Catuípe, Ijuí e Ajuricaba ocasionaram erosão em lavouras e danos em estradas. Foram observados sintomas pontuais de fitotoxicidade por herbicidas, associados a resíduos em pulverizadores; porém, a incidência está menor em relação à Safra 2024/2025. A pressão de pragas e doenças ainda está baixa. Foram realizadas aplicações preventivas de fungicidas em função da elevada umidade prevista.
Na de Passo Fundo, a semeadura da soja está concluída. O acumulado de chuvas chegou a 100 mm, sem causar grandes prejuízos. A cultura apresenta bom potencial produtivo.
Na de Pelotas, 90% da área foi semeada. As chuvas regulares e de bons volumes acumulados ao longo de dezembro proporcionaram condições adequadas de umidade em toda a região, favorecendo o desenvolvimento acelerado das plantas.
Na de Santa Maria, a chuva em excesso causou prejuízos pontuais, como encharcamento temporário, ao desenvolvimento das lavouras em áreas de terras baixas. No entanto, essa condição não é expressiva no contexto regional e, de modo geral, as condições de clima e solo seguem favorecendo o desenvolvimento da cultura.
Na de Santa Rosa, a cultura apresenta boas condições fitossanitárias e elevado potencial produtivo. Foram registrados episódios de erosão em áreas em emergência, sem prejuízos significativos até o momento. Não há registro de incidência relevante de pragas ou doenças. Em função das chuvas, os tratos culturais estão temporariamente suspensos.
Na de Soledade, restam áreas pontuais a serem semeadas. As chuvas regulares favoreceram o crescimento acelerado das plantas, que apresentam maior estatura e rápido desenvolvimento. Nas primeiras áreas semeadas, inicia-se o fechamento das entrelinhas, enquanto as semeaduras mais recentes apresentam excelente germinação e emergência. De modo geral, as lavouras apresentam estabelecimento, estande e sanidade adequados.
Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,17%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 127,31 para R$ 127,09.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1900 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS





