A semeadura está em fase inicial no Estado, alcançando 2%, limitada a áreas com condições adequadas de umidade. O avanço reduzido resulta da combinação entre fatores econômicos e físicos, como: a estratégia de produtores de postergar o plantio, minimizando riscos de redução da disponibilidade hídrica em novembro e dezembro; a priorização da colheita dos cereais de inverno; as baixas temperaturas e a diminuição da umidade nos solos, em parte do Estado.
Nas áreas de implantação, é realizada a dessecação das coberturas vegetais e ajustes nas condições do solo para facilitar a semeadura. Em meio ao preparo, os produtores têm encaminhado laudos para os agentes financeiros a fim de acessar a linha de crédito recentemente criada pelo Governo Federal, que busca auxiliar produtores rurais afetados por sucessivas frustrações de safra. Contudo, ainda se observa a possibilidade de redução no uso de fertilizantes bem como maior emprego de sementes próprias devido aos custos elevados de produção e às restrições de crédito.
Nos cultivos implantados, as sementes se encontram em fase de embebição e germinação. O avanço mais expressivo da semeadura deve ocorrer a partir do final de outubro.
Para a Safra 2025/2026, no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, o plantio foi iniciado de forma pontual, concentrado em pequenas áreas. A maior parte dos produtores têm se dedicado à colheita das lavouras de inverno e à preparação das áreas de plantio. Na Campanha, onde o sistema de plantio convencional ainda é executado por parte dos produtores, a falta de chuvas nas últimas semanas dificulta a gradagem, especialmente em solos argilosos, formando torrões e dificultando o contato semente-solo. As baixas temperaturas e os ventos constantes têm limitado as aplicações de herbicidas e atrasado o início mais amplo da semeadura.
Na de Caxias do Sul, nos Campos de Cima da Serra, os produtores que haviam planejado iniciar a semeadura, optaram por adiar o plantio à espera da elevação das temperaturas, uma vez que as mínimas inferiores a 5 °C nas primeiras horas do dia poderiam comprometer o processo de germinação e de emergência das plântulas.
Na de Ijuí, a semeadura alcança 2% da área prevista. A operação segue em ritmo cauteloso devido às temperaturas baixas e à precocidade do período para o seu andamento. Espera-se avanço expressivo nas próximas semanas, conforme o aquecimento das temperaturas e a regularização das chuvas.
Na de Pelotas, o plantio atinge 4%. Os produtores estão adquirindo insumos e efetuando a manutenção de máquinas e implementos agrícolas, preparando-se para intensificar os trabalhos nas próximas semanas, se as condições meteorológicas forem favoráveis.
Na de Santa Maria, menos de 1% da área se encontra semeada. As lavouras implantadas apresentam germinação, emergência e estande de plantas adequados. O avanço da semeadura depende da elevação das temperaturas e da umidade do solo.
Na de Soledade, as áreas destinadas ao cultivo foram, em sua maioria, dessecadas, e aguarda-se condições ideais de corte da palhada para o início da semeadura. Cerca de 10% da área foi implantada.
Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,93%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 123,15 para R$ 124,29.
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Fonte: Emater RS