As exportações semanais divulgadas pelo USDA, nos EUA, e pela Secex, no Brasil, passam um direcionamento dos números que virão no balanço mensal dos dois principais países escoadores da pluma.

Na última semana, os dados norte-americanos e brasileiros apontaram 43,30 mil t e 53,00 mil t enviadas ao exterior, respectivamente. Somando as três primeiras semanas de novembro os americanos acumulam 176,20 mil t, enquanto os brasileiros totalizam 249,30 mil t, valores acima do percebido no mesmo período de 2019.

Por aqui, geralmente as maiores exportações ocorrem nos últimos meses do ano e este volume já está nos mesmos níveis do acumulado de todo o outubro de 2019, quando ocorreu a maior exportação de algodão pelo país. Dessa forma, com a retomada gradual da economia mundial e dos preços da fibra na ICE, os escoamentos estão ocorrendo em larga escala e apontam para valores recordes no fechamento do mês.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT avançou 2,03% em relação à semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 124,30/@. A principal influência se deu pelas altas na Bolsa de NY.

• Com a retomada da economia mundial, as cotações na ICE finalizaram a semana com valorizações de 2,62% e 1,56% para os contratos de dez/20 e jul/21, a US$ 71,54/lp e US$ 74,56/lp, respectivamente.



• O feriado nos EUA trouxe menos liquidez aos mercados, porém persistiu sobre o câmbio a boa perspectiva econômica devido à vitória de Biden nos EUA, às vacinas para a Covid-19 e o abrandamento de questões políticas no Brasil.

• Os subprodutos do algodão em MT avançaram na última semana, com variações de 1,93%, 2,96% e 1,69%. Com isso, o caroço, a torta e o óleo ficaram cotados a R$ 1.202,80/t, R$ 1.210,55/t e R$ 5.194,27/t, respectivamente.

Alta na paridade:

Em MT poucos negócios foram relatados nos últimos meses, principalmente para a safra 20/21. Apesar disso, as cotações da fibra na bolsa de NY têm valorizado.

O reflexo disso está sendo percebido no preço paridade exportação do algodão. Para Sapezal (principal município produtor do estado), por exemplo, o preço paridade jul.21 está próximo de R$ 125,53/@, valor acima do ponto de equilíbrio do agricultor. As cotações não estão mais altas devido à redução de patamar do dólar nas últimas semanas.

A perspectiva de eficácia de vacinas para o combate à Covid19 e sua disponibilização nos próximos meses, juntamente com a retomada econômica mundial (como já apontado acima), estão impulsionando as cotações na ICE e pressionando o câmbio. Assim, o que mais “pesa” neste momento é a incerteza quanto à próxima temporada em MT, visto que muitos produtores estão preocupados com a janela de semeadura da fibra e seu impacto na produtividade da cultura.

Fonte: IMEA

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