O superávit comercial do agronegócio superou US$ 1,7 trilhão de 2000 a 2024. A informação foi dada pelo professor Edivaldo Velini, da Universidade Estadual Paulista – Botucatu, durante a conferência “Sustentabilidade da cadeia produtiva de soja em números”, no Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), em Campinas (SP). “Isso só comprova que o agro é fundamental para a balança comercial do Brasil”, relata. “O país precisa exportar cada vez mais”, destaca.
Conforme Valini, o setor responde por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, gerando 1/3 dos empregos no país. “E isso tudo sem subsídios”, lembra. “Temos que melhorar a nossa comunicação, mostrando a importância do setor. Não há dúvidas que há falhas”, acrescenta. “Acusam o país de liderar o consumo de agrotóxicos, mas o quilo utilizado por área ou por tonelada produzida é similar ao resto do mundo”, exemplifica. “Consumimos mais porque produzimos mais”, afirma.
Para o conferencista, precisa haver uma melhor comunicação com a sociedade, mostrando que, além de alimentos, a agricultura produz fibras, bioenergia e serviços ecossistêmicos. “Esses são desafios da produção agroindustrial no Brasil”, acredita.
Outro ponto abordado pelo professor é o grande endividamento público, que precisa ser reduzido para o país recuperar a capacidade de investimento. “Como em pesquisa e desenvolvimento, logística e energia”, exemplifica. “Também temos que depender menos do estado, apostando cada vez mais em cooperativismo e associativismo”, finaliza.
Fonte: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Safras News