A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado foi pressionado pelas chuvas recentes e pela previsão de mais precipitação nas áreas secas das planícies dos Estados Unidos, o que aliviou as preocupações sobre possíveis atrasos no plantio. As expectativas de grande oferta do Hemisfério Sul também pesaram sobre os preços.
Além disso, os menores preços de exportação da Rússia contribuíram com a desvalorização. Segundo a Reuters, a melhora das condições climáticas globalmente e nas principais regiões produtoras de grãos da Rússia, além da queda na demanda, atuaram na retração. A expectativa, no entanto, é de que as exportações da Rússia em outubro alcancem um recorde histórico.
O preço do trigo russo com 12,5% de proteína, com entrega programada no sistema free-on-board (FOB) para novembro, foi de US$ 232 por tonelada no final da semana passada, uma queda de US$ 2, segundo Dmitry Rylko, chefe da consultoria IKAR, que disse à Reuters que “a demanda por trigo caiu um pouco”. A consultoria Sovecon informou que os preços do trigo russo com o mesmo teor de proteína estavam entre US$ 235 e US$ 240 por tonelada, um aumento em relação aos US$ 234 a US$ 237 da semana anterior.
Segundo a bolsa de grãos de Rosário, as exportações de trigo da Argentina podem alcançar 13,3 milhões de toneladas na temporada 2024/25, o que representaria o segundo maior volume já registrado. De acordo com a Reuters, a Austrália também espera uma colheita acima da média, apesar de alguns danos climáticos nos últimos meses.
No fechamento, os contratos com entrega em dezembro de 2024 eram cotados a US$ 5,58 3/4 por bushel, baixa de 10,25 centavos de dólar, ou 1,8% em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2025 eram negociados a US$ 5,79 1/2 por bushel, recuo de 9,75 centavos, ou 1,65% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Gabriel Antunes – Safras News