A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou a sessão com preços significativamente mais baixos. O dia foi de perdas, influenciado pela valorização do dólar frente a outras moedas, o que reduziu a competitividade do cereal norte-americano no mercado internacional. A pressão também veio do avanço da colheita no Hemisfério Norte, especialmente nos Estados Unidos, ampliando as expectativas de uma oferta global mais robusta.
O fortalecimento do dólar foi impulsionado pelo enfraquecimento do euro, após um acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia que vem sendo interpretado pelo mercado como mais favorável aos norte-americanos. Uma moeda americana mais forte tende a encarecer as exportações dos EUA, tornando-as menos atrativas para compradores estrangeiros.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou novo relatório sobre o progresso da colheita de trigo. Até 27 de julho, 80% da safra de trigo de inverno havia sido colhida, ante 81% no mesmo período do ano passado e média de 81% nos últimos cinco anos. Na semana anterior, o percentual era de 73%.
Já em relação ao trigo de primavera, a colheita estava em 1% até 27 de julho, mesmo nível registrado no ano passado. A média dos últimos cinco anos para o período é de 3%.
Os contratos com entrega em setembro fecharam cotados a US$ 5,29 3/4 por bushels, baixa de 8,75 centavos de dólar, ou 1,62%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em dezembro encerraram a US$ 5,50 por bushel, recuo de 8,75 centavos de dólar, ou 1,56%, em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News