Na última terça-feira (09/11), o USDA divulgou o relatório de OeD mundial do milho. Segundo o departamento, a produção e os estoques finais apresentaram elevação de 0,84% e 0,89%, respectivamente, ante a última estimativa.
Isso ocorreu devido às melhores expectativas nos rendimentos das lavouras nos países produtores. Um exemplo disso são os EUA, que, devido à produtividade recorde vista na estimativa, apresentou um incremento de 1,09 milhão de toneladas na produção, projetada em 382,59 milhões de toneladas.
Por outro lado, os estoques norte-americanos reduziram 0,52%, em vista do maior consumo de milho para produção de etanol no país. Assim, a estimativa gerou uma queda nos preços de 1,39% entre os dias 04/11 e 08/11 com os fundos investidores antecipando as projeções de maiores produção e estoque mundial.
Já para a semana encerrada do dia 12/11, houve uma queda de 0,21% na média semanal em Chicago.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Retraindo: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma queda de 3,15% em relação à semana passada, ficando cotado na média de R$ 68,46/sc.
- Recuando: a paridade jul/22 apresentou recuo de 4,30% em relação a semana anterior. Com isso, o valor médio semanal ficou em R$ 61,59/sc.
- Queda: as cotações do milho na B3 apresentaram retração de 4,38% no comparativo semanal, ficando cotado na média de R$ 85,10/sc.
Exportações de milho chegam próximo à mínima histórica e importações ultrapassam as máximas em out-21.
As exportações brasileiras do cereal apresentaram queda de 37,13% em out-21 ante a set-21. Segundo a Secex, os envios ficaram em 1,79 milhão de toneladas, sendo Mato Grosso responsável por 66,29% deste volume.
Por outro lado, as importações do milho no Brasil apresentaram o maior volume desde 2016 para o período, com 500 mil toneladas no último mês. Essa redução nas exportações e o aumento nas importações continuam pautadas pela menor oferta de milho no país.
Cabe destacar que, sazonalmente, no final do ano as exportações tendem a reduzir e as importações a aumentar. Sendo assim, a tendência é de manutenção deste cenário, com os volumes exportados abaixo da média histórica e a importações em alta podendo atingir novas máximas, até a entrada do milho verão no próximo ano.
Fonte: IMEA