Por Prof. Dr. Argemiro Luís Brum

As cotações do milho, em Chicago, chegaram a registrar US$ 4,90/bushel no dia 11/04,  para o primeiro mês cotado, sendo este o melhor valor desde o dia 21/02 passado.

Posteriormente, houve leve recuo, com o fechamento desta quinta-feira (17) ficando em US$ 4,82/bushel, contra US$ 4,83 uma semana antes.

O plantio do milho, nos EUA, até o dia 13/04, alcançava 4% da área esperada, enquanto o mercado esperava 6% e a média histórica, para a época, é de 5%.

Dito isso, aqui no Brasil os preços melhoraram um pouco em relação a semana anterior. Em algumas praças os compradores retornaram ao mercado, buscando recomposição de estoques e também buscando garantir abastecimento para os dias de feriados no país, tanto da Páscoa quanto de Tiradentes. A média gaúcha fechou a semana em R$ 68,76/saco, enquanto no restante do país os preços oscilaram entre R$ 61,00 e R$ 85,00/saco.

Quanto à produção nacional total, para 2024/25, a Conab avançou um volume de 124,7 milhões de toneladas em seu relatório de abril, o que significa 8% acima do registrado na safra anterior segundo o órgão público. Em tal contexto, o consumo interno de milho está projetado em 87 milhões de toneladas, as exportações alcançariam 34 milhões e os estoques finais deverão atingir a 7,4 milhões de toneladas.

Todavia, analistas privados avançam um número bem maior. É o caso de Safras & Mercado. Ela estima uma segunda safra de 96 milhões de toneladas, com a mesma respondendo por 71% de toda a produção nacional para 2024/25. Desta forma, a produção total nacional, todas as safras somadas, deverá atingir a 135,1 milhões de toneladas, com rendimento médio de 6.265 quilos/hectare (104,4 sacos/hectare).

Particularmente em Santa Catarina, a safra de milho verão 2024/25 “…está se consolidando como uma das mais produtivas da história. Mesmo com uma redução superior a 13% na área plantada, o estado registrou aumento de mais de 23% na produção em relação à safra anterior. O destaque é a produtividade, que teve um salto expressivo de mais de 40%, alcançando 9.717 quilos/hectare (162 sacos/hectare), a maior já registrada no estado” (cf. Infoagro e Observatório Agrocatarinense).

Enfim, a Secex informou que, nos primeiros nove dias úteis de abril, o país exportou 120.352 toneladas de milho. Esse volume leva a uma média diária de embarques 345% acima da registrada em todo o mês de abril do ano passado. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 265,97, com recuo de 26,1% sobre o valor de abril de 2024.

Fonte: CEEMA UNIJUI

Autor: Prof. Dr. Argemiro Luís Brum- Professor Titular do PPGDR da UNIJUI, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (PPGDR/FIDENE/UNIJUI)

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