No Estado, 7% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 32% na fase de floração, 58% delas estão na fase de enchimento do grão e em 3% delas o trigo encontra-se maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita.

Nesta safra, a área estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares. A área de cultivo de trigo no RS corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o grão.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, em 5% da área de 221 mil hectares a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (final do estádio de e iniciando elongação), 37% em início da floração, 53% na fase de enchimento do grão e 5% maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita.

Cultura em estádio reprodutivo, principalmente nas fases de formação e enchimento de grãos. O desenvolvimento segue apropriado, com baixa incidência de doenças. Há presença de pulgões nas espigas, mas o controle tem sido adequado. Principia a maturação das áreas implantadas no início do período recomendado.

Precipitações acompanhadas de ventos moderados aumentam os pontos de acamamento nas áreas com maior densidade de plantas. Produtores intensificam a aplicação de fungicidas e monitoram a incidência de giberela, doença que afeta a espiga.

Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 5% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo (iniciando a elongação), 26% em floração com emissão da espiga, 63% em enchimento de grãos e 6% maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita.

Devido ao fato de as lavouras terem recebido três aplicações de fungicidas por conta da forte incidência de doenças, em especial o oídio, as condições de sanidade melhoraram nas últimas semanas, sendo observada boa reação das plantas à aplicação de fungicidas.

Além disso, muitos produtores aplicaram inseticida para controle da infestação de pulgão. Esta semana continuam os tratamentos fúngicos nas lavouras e o controle de pulgão. Apesar da necessidade destes manejos fitossanitários, o aspecto geral das lavouras de trigo é considerado bom; até o momento, a tendência é a manutenção da produtividade média para a região, ou seja, acima de 2,5 toneladas por hectare.

Mas muitas lavouras da região apresentam condições de atingir 3,6 toneladas por hectare, se as condições meteorológicas permaneceram favoráveis, com muita luminosidade e temperaturas amenas.

Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, em 1% das lavouras o trigo está em desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 22% em início da floração, 76% delas encontram-se na fase de enchimento do grão e 1% maduro por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita.

A cultura apresenta bom aspecto visual, e os agricultores realizaram aplicações preventivas de fungicidas e adubação nitrogenada em cobertura. Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Produção e Nordeste, 5% da cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 25% em floração e 70% na fase de enchimento do grão.



Os produtores monitoram pragas e doenças, realizando controle quando necessário. Destaque para os municípios de Não-Me-Toque (com seis mil hectares) e Lagoa Vermelha (com quatro mil hectares), cujo rendimento em 2018 foi de 3,6 toneladas por hectare, acima da média do Estado, que é de 2,46 toneladas por hectare.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, muitos produtores ainda fazem os tratos culturais, tais como a adubação de cobertura e o controle preventivo de pragas e doenças. Em média os triticultores já fizeram duas aplicações preventivas de fungicidas.

Não há registro de ataque de pragas até o momento. Em 15% da área, o trigo encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento de colmos), 39% no início da floração e 46% na fase de enchimento do grão. Na região, as maiores áreas estão situadas em Tupanciretã, com 14,8 mil hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, 11% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos), 38% na fase de floração e 51% na fase de enchimento do grão.

Nas lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo, os produtores ainda realizam a adubação nitrogenada; naquelas em floração, ocorre manejo sanitário, principalmente com aplicação de fungicidas para o combate do oídio e de inseticida para o controle do pulgão.

Os municípios com maior estimativa de área cultivada com a cultura do trigo são os seguintes: São Borja, com 13 mil hectares (10% em floração e 90% na fase de enchimento do grão); Itaqui, com seis mil hectares (30% em floração e 70% em enchimento do grão) e São Gabriel, com quatro mil hectares (70% na fase de desenvolvimento vegetativo e 30% na floração).

Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes Serra, Campos de Cima da Serra e Hortênsias, 33% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 48% na fase de floração, 16% em enchimento do grão e 3% das lavouras estão maduras por colher, característica que se configura entre a maturação fisiológica e o ponto de colheita.

Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras se encontram na fase de elongação do colmo, espigamento e em início da floração. O aspecto das lavouras é muito bom, com coloração verde-escuro, o que indica uma expectativa de boa produtividade e ótima qualidade de grão se as condições climáticas forem favoráveis até a colheita.

Nas folhas do baixeiro, há ocorrência de oídio, exigindo atenção por parte dos produtores e uso de fungicidas específicos caso seja necessário. A geada de segunda-feira (23), foi de fraca a moderada, podendo ter causado dano em algumas lavouras, especialmente nas baixadas; porém, só poderá ser confirmado com a evolução da cultura nos próximos dias.

Nos municípios de menor altitude na região da Serra, as lavouras se encontram na fase de florescimento e enchimento de grãos, exigindo a aplicação de fungicidas para manter as lavouras com baixa incidência de doenças.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Alto Uruguai, 40% em floração e 60% na fase de enchimento do grão. No geral as lavouras de trigo na região estão em bom estado de desenvolvimento.

Produtores realizam tratamentos preventivos, principalmente em lavouras plantadas no início do período recomendado pelo zoneamento, em especial visando o oídio. Destaque para os municípios de Sertão, com quatro mil hectares; Cruzaltense, com dois mil hectares; e Ipiranga do Sul, com 1,8 mil hectares.

Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, em 20% das lavouras da região a fase é de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e elongação do colmo), 50% delas estão em floração e 30% na fase de enchimento do grão.

A regularidade semanal de chuvas, associada à boa radiação solar e às temperaturas predominantemente amenas/elevadas, beneficia a cultura; na maior parte da área cultivada na região, a fase é de espigamento/florescimento e enchimento de grãos. As lavouras de uma maneira geral apresentam bom estado fitossanitário por conta dos tratamentos fúngicos que continuam sendo realizados; adubações nitrogenadas em cobertura também contribuem para o bom desempenho da cultura.

Aquelas conduzidas com boa tecnologia apresentam ótimo potencial produtivo.

Mercado (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, o preço médio semanal do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 40,96/sc., reduzindo 0,10% em relação ao da semana anterior. Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 40,00 e R$ 43,00/sc.; foi comercializado no disponível a R$ 52,00/sc. em Cruz Alta.

Na região de Santa Rosa, o preço médio pago aos produtores apresentou redução de R$ 39,08/sc. para R$ 38,57/sc. para trigo com PH 78. Na região de Caxias do Sul, o trigo foi comercializado a R$ 42,00/sc. para PH 78. O preço médio recebido na regional de Passo Fundo foi de R$ 42,00/sc. O preço mínimo para o trigo em grão tipo 1 (pão) com PH 78, safra 2019-2020 para a região Sul do Brasil é de R$ 40,57/sc., estabelecido pela Portaria nº 31, de 11/03/2019.

Fonte: Emater/RS

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