Na primeira semana do mês de maio deu-se continuidade ao acompanhamento do desenvolvimento fenológico do milho 2ª safra 2021/2022. Neste período, foram contatadas empresas de assistência técnica, produtores rurais, sindicatos rurais e empresas privadas dos principais municípios produtores de soja e milho do Mato Grosso do Sul.

As principais informações levantadas referem-se aos estádios fenológicos, pragas, doenças, plantas daninhas, clima, além de informações econômicas.

A estimativa para o milho 2ª safra 2021/2022 é de área 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.

Quanto ao clima, a semana passada foi marcada pelo avanço de uma intensa frente fria, que trouxe chuvas e ar frio para o estado de Mato Grosso do Sul. Os acumulados de chuva mais significativos foram registrados em Bela Vista com 68,2 mm e 38,6 mm em Ponta Porã. Após a passagem da frente fria e avanço do ar frio sobre MS, foram registrados baixos valores de temperaturas mínimas do ar, como por exemplo, 8,8ºC em Sidrolândia e 9,4ºC em Bandeirantes na quarta-feira (04/05). Já na quinta-feira (05/05), as menores temperaturas mínimas registradas no estado foram em Pedro Gomes com 8,8°C e Paranaíba registrou 9,5°C.

Visando conhecer as condições de desenvolvimento da 2ª safra de milho, cotidianamente os técnicos do Projeto SIGA-MS visitam as diferentes regiões de cultivo no Mato Grosso do Sul.

Durante as visitas aos produtores, os técnicos de campo da Aprosoja/MS analisam os diversos aspectos técnicos da lavouras de milho, procurando estabelecer sua potencialidade com base na área total cultivada na propriedade, classificando esta em ruim, regular e bom.

Por exemplo, para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem a perda produtiva em alto potencial. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucas moléstias por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade. No gráfico 2 pode ser observado as condições das áreas no estado de Mato Grosso do Sul.

  • Região Norte
    • Municípios: Sonora, Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Bandeirantes, Rio Negro, Corguinho, Rochedo e Jaraguari.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R2 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região não possui histórico de geadas que comprometam a cultura do milho.
  • Região Nordeste
    • Municípios: Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Inocência, Água Clara, Paraíso das Águas e Figueirão.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R3 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico do milho em perfeitas condições, chuvas substâncias no plantio da cultura promoveram um bom crescimento das plantas. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, pois os prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região não possui histórico de geadas que comprometam acultura do milho.
  • Região Oeste
    • Municípios: Corumbá, Aquidauana, Miranda, Anastácio, Bodoquena, Porto Murtinho, Bonito, Nioaque, Maracaju, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Caracol e Bela Vista.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R4 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas podendo comprometer a cultura do milho.
  • Região Centro
    • Municípios: Dois irmãos do Buriti, Terenos, Sidrolândia, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Brasilândia.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R3 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas podendo comprometer a cultura do milho.
  • Região Sul
    • Municípios: Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti.
    • Estádio fenológico: entre V2 e R4 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: a infestação que se encontra em alta incidência nas lavouras é a cigarrinha (Dalbulus maidis). já as espécies capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) se encontram entre baixa e média incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
  • Região Sudoeste
    • Municípios: Antônio João, Ponta Porã e Laguna Carapã.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R4 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
  • Região Sul-Fronteira
    • Municípios: Aral Moreira, Amambai, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos e Sete Quedas.
    • Estádio fenológico: entre V3 e R3 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: a infestação que se encontra em alta incidência nas lavouras é a cigarrinha (Dalbulus maidis). já as espécies capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) se encontram entre baixa e média incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.

ERRATA:
As condições das lavouras registradas entre os dias 11 e 29 de abril foram informadas incorretamente pelo técnico (a), onde informou os dados com as condições das lavouras de soja, portanto, os dados abaixo correspondem ao milho 2ª safra 2021/2022.

  • Região Sudeste
    • Municípios: Naviraí, Itaquiraí, Batayporã, Nova Andradina, Jateí, Eldorado, Anaurilândia, Iguatemi, Novo Horizonte do Sul, Bataguassu, Mundo Novo, Taquarussu e Japorã.
    • Estádio fenológico: entre V2 e R5 nas propriedades acompanhadas.
    • Incidência de pragas: as infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
    • Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em condições boas a regulares, fato a ser considerado é que o plantio foi mais tardio na região. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
    • Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho

Estimativa da 2ª Safra de Milho 2021/2022

A partir da base de dados do projeto SIGA-MS foi realizado a projeção de área de milho 2ª safra 2021/2022. Os dados são originários de duas frentes, sensoriamento remoto através de imagens de satélite e pelo levantamento da equipe de campo. Esta sistemática vem sendo realizada a 11 anos.

A estimativa do milho 2ª safra foi desenvolvida através da média de área dos últimos 5 anos. Estima-se até o momento área plantada de aproximadamente 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% quando comparado a área da 2ª safra 2020/2021 que foi de 2,28 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura. Gerando em produção de 9,34 milhões de toneladas.

Alguns fatores devem ser observados:

  1. Previsão probabilística da previsão acumulada para o trimestre (Abril, março e junho). Observa-se acumulados de chuva entre 100 a 400 mm. Destaca-se que na maior parte do estado os acumulados de chuva variam de 200 a 300 mm durante estes 3 meses. A previsão probabilística indica que as chuvas ficarão entre 40 e 50% abaixo da média climatológica em grande parte do estado, com destaque na região extremo sul do estado que pode ficar entre 50-60% abaixo da climatologia.
  2. As primeiras informações do Uso e Ocupação do Solo apontam que a área plantada poderá ser maior do que a prevista inicialmente.
  3. Características da safra, semeada com mais de 71% até 11 de março, grande parte da safra se encontra entre pendoamento (VT) e grão bolha d’água (R2); estresse hídrico ainda pode provocar danos severos a produção; mesmo com o plantio antecipado a cultura ainda possui possibilidade de enfrentar várias intempéries climáticas.

Fonte: Aprosoja MS – Sistema Famasul

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