A colheita do trigo argentino começou no norte do país com baixos rendimentos devido à forte seca que atinge a região. Além disso, a falta de chuvas nas áreas produtoras de Córdoba e Santa Fé mantém as lavouras em péssimas condições, informou a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
As atividades de colheita começaram no norte e até agora alcançaram 1,3% do total estimado em 6,5 milhões de hectares plantados em todo o país com rendimentos abaixo de 1000 quilogramas por hectare (Kg/ha).
Até o momento, os rendimentos obtidos no NOA e no NEA variaram entre 300 Kg/ha e 1200 Kg/ha. A entidade alertou que “a decisão de colher aqueles lotes abaixo de 500 Kg/ha varia entre os produtores, dependendo dos custos a serem enfrentados”, portanto existe a possibilidade de que eles retirem esses lotes devido à inviabilidade do negócio.
Da mesma forma, o BCBA alertou que no centro da área agrícola, especialmente nas áreas de Córdoba e Santa Fé, “a situação caminha para os mesmos resultados”.
Uma situação particular passa pelas plantações na província de Buenos Aires, onde as chuvas mantiveram “grandes expectativas” quanto à produção de trigo, embora as geadas dos últimos dias possam ter afetado o estado das safras”.
Nesse cenário, a Bolsa de Valores de Buenos Aires manteve sua estimativa de produção em 17,5 milhões de toneladas. Essa projeção é 500 mil toneladas acima da feita pela Bolsa de Valores de Rosário (BCR), que em seu relatório mensal de estimativas agrícolas cortou a produção para 17 milhões de toneladas, quase 6% a menos do que projetei há um mês.
Já o plantio de milho ficou em 23,3% dos 6,3 milhões de hectares estipulados para o cereal, após avançar 2,5 pontos percentuais na semana.
Por fim, a semeadura de girassol atingiu 27,2% dos 1,4 milhão de hectares estimados para cultivo. Embora durante a semana tenha havido um avanço de 7,5 pontos percentuais na semeadura, é mantido um atraso de 10,6 pontos percentuais devido à falta de umidade nos solos.
Fonte: Adaptado de eFarmNewsAr