Na última semana o mercado de comodities vem se destacando pela valorização na Bolsa de Chicago (CME-Group) para o milho. Com isso, as cotações para os contratos de dez/19 e jul/20 aumentaram 6,22% e 2,20%, respectivamente, no comparativo com a semana anterior.

Dentre os fatores que pautaram essa alta, estão os movimentos acentuados no mercado do petróleo, oriundos das tensões geopolíticas entre a Arábia Saudita e o Irã, no Oriente Médio, que por sua vez, resultaram na maior procura pelo etanol de milho, impulsionando assim os preços do cereal.

Nesse sentido, o preço paridade de exportação apontou um ágio de 13,45% no mesmo período e fechou a última sexta (20/09) em R$ 23,69/sc. Diante dos acontecimentos e com o mercado aquecido é importante acompanhar de perto os impasses no Oriente Médio, visto que o Irã é um dos maiores importadores de milho e também onde se concentra a maior região produtora de petróleo mundial.

Confira os principais destaques do boletim:

• A paridade de exportação para o contrato jul/20 alcançou um preço médio de R$ 22,92/sc, exibindo acréscimo semanal de 13,45%. Tal aumento se deu em grande parte devido à valorização nas cotações da Bolsa CME-Group e no dólar.

• Em vista da compra de investidores estrangeiros, a cotação na bolsa B3 seguiu com variação positiva de 5,61%, encerrando a semana anterior com cotação média de R$ 39,10/sc para o cereal brasileiro.



• Apesar das exportações estarem a um ritmo mais lento, o prêmio Paranaguá (jul/20) fechou a última semana com incremento de 17,78% e cotação média de US$ 0,21/bu.

• A relação frete/milho na última semana apresentou variação positiva de 1,02 p.p., em virtude da alta no indicador disponível base Sorriso e no preço do frete mínimo.

SAFRA DOS EUA:

O mercado do milho tem se voltado para o andamento da safra norte-americana e a principal preocupação agora é de como serão seus resultados. Esse questionamento é crucial, visto que a colheita nos EUA ainda se encontra em fase inicial, com apenas 7,00% das áreas colhidas.

No entanto, analisando a trajetória da safra 19/20, pode-se notar que já no início da semeadura o país sofreu com fortes inundações nas principais áreas produtoras do cereal, refletindo no atraso do plantio em relação ao registrado no ano passado.

Assim, o processo de desenvolvimento do milho nas lavouras vem se mantendo aquém em relação à última safra, também visto no índice de lavouras em situação de condições boas e excelentes, de 12,00 p.p., segundo os dados do USDA divulgados no último relatório (23/09).

Mas, mesmo com o fator climático influenciando em boa parte do desdobramento da safra, vale lembrar que as definições só acontecerão após a colheita e até lá o preço do cereal na bolsa de Chicago pode passar por alterações.

Fonte: IMEA

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