Previsão Agrometeorológica* (17/10/2022 a 24/10/2022)
N-NE: São previstos acumulados de chuva entre 20 e 80 mm no Oeste do AM, Norte de RR, Sul de RO e Noroeste do PA. No Oeste do TO, AP e Leste do PA, as precipitações serão inferiores a 10 mm. Na região Nordeste, não são previstas chuvas significativas devido ao predomínio de uma massa de ar quente e seco, favorecendo a secagem natural do milho 3ª safra na região do SEALBA. Poderão ocorrer pancadas de chuva isoladas na costa Leste.
CO: Há previsão de chuva em parte da região, com acumulados que poderão ultrapassar 70 mm em áreas de MT e MS, causados pela instabilidades associada ao calor e à umidade. Essas chuvas contribuirão para a elevação do armazenamento hídrico no solo, beneficiando a semeadura e o desenvolvimento da soja. No Sul de GO e Nordeste de MT, as chuvas devem ser inferiores a 40 mm, mantendo a umidade no solo baixa para a implantação e o desenvolvimento das lavouras. Nas demais áreas, são previstos acumulados menores do que 10 mm.
SE: São previstos acumulados de chuva que poderão ultrapassar 80 mm no Sul de SP, mantendo as condições desfavoráveis para a maturação e colheita do trigo. No Sudeste de MG e Leste de SP, a previsão é de chuva entre 20 e 50 mm, o que deverá favorecer a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de 1ª safra, além da florada do café. No Norte de MG e ES, são previstas chuvas abaixo de 20 mm, sendo necessário volumes de chuva maiores para a elevação da umidade no solo.
S: Áreas de instabilidade associadas a umidade provocarão importantes volumes de chuvas na região. São previstos acumulados que poderão ultrapassar 70 mm no PR e na região Central do RS, que pode atrapalhar a colheita do trigo e os cultivos de 1ª safra pelo excesso de umidade e baixa luminosidade. No Noroeste e Nordeste do RS, além de SC, são previstos acumulados de chuvas abaixo de 30 mm. Nessas áreas, as condições serão favoráveis para os cultivos de inverno e de 1ª safra.
Progresso de Safra:
- Soja
21,5% semeado. No MT, as chuvas mais abrangentes e regulares, permitiram o avanço da área semeada, que alcança 41,9% da área. No MS, a evolução da semeadura está lenta, devido as precipitações frequentes, mas o desenvolvimento está excelente. No PR, as chuvas frequentes e as baixas temperaturas, atrasaram o desenvolvimento inicial e provocaram erosão em algumas regiões.
No RS, o plantio teve seu início após o fim do vazio sanitário, mas a baixa umidade do solo preocupa os agricultores na região de Campanha e Fronteira do Oeste. Em SC, as chuvas constantes impediram o avanço na semeadura, Em GO, o ritmo do plantio acompanha o regime das chuvas. No Sudoeste, principal região produtora, 43% da área já foi semeada.
- Milho 1° Safra
30,9% semeado. No RS, o plantio avança em todas regiões, alcançando 74%. As boas condições climáticas favorecem o desenvolvimento das lavouras na maioria das regiões. No PR, as lavouras apresentam boas condições, porém, em certas áreas o excesso de precipitações, provocou atraso e desuniformidade no desenvolvimento.
Em SC, o excesso de chuvas e as baixas temperaturas, prejudica a germinação e o desenvolvimento inicial. Em SP, as chuvas frequentes atrasam os trabalhos no campo. Em MG, o plantio atinge 8,1%, com destaque para a região Sul, que foi beneficiada com uma maior regularidade nas precipitações. Em GO, há indicativo de redução de área e o plantio foi iniciado.
- Trigo
30,6% colhido. No RS, chuvas e ventos acamaram as lavouras em maturação, na região do Alto Uruguai, assim como interromperam a colheita em algumas áreas. No Planalto Superior, o alto volume das precipitações no início do enchimento de grãos preocupa devido a suscetibilidade de doenças fúngicas. Nas lavouras da Campanha e Zona Sul, as chuvas foram benéficas.
No PR, as áreas colhidas chegam a 50% nas regiões Norte, Oeste e Centro-Oeste, porém as chuvas recentes atrasam a colheita. A produtividade é abaixo do esperado, entretanto a maior parte da qualidade dos grãos é boa. Em SC, chuvas nas regiões produtoras causam perdas qualitativas e quantitativas em algumas lavouras, principalmente as que se encontram em floração. As doenças fúngicas de final de ciclo manifestam-se em algumas áreas e seu controle tem sido dificultado em decorrência da alta umidade.
- Arroz
22,3% da área semeada. No RS, as lavouras na região Sul foram semeadas 40%. Na região da Fronteira Oeste, os menores índices de precipitação e o aumento da temperatura favoreceram o plantio que atinge 20%. Porém, em razão de baixas temperaturas proporcionam um desenvolvimento lento. Em SC, as temperaturas mais amenas durante o dia favoreceu a semeadura que alcançou 76% das áreas. No MA, as lavouras irrigadas estão principalmente em desenvolvimento vegetativo. O plantio de sequeiro não foi iniciado.
Fonte: Conab