RIO GRANDE DO SUL: Mercado sem indicações firmes, aguardando o resultado dos danos sobre volume e qualidade

As informações continuam sendo muito especulativas, tudo ainda muito impreciso, embora tenha consultorias que já tenham arriscado palpites sobre o novo volume da safra brasileira. Mas, de quê adianta um volume X, mesmo que correto, se não se sabe a qualidade deste trigo? Por isso o mercado não se posiciona.

O principal temor que sentimos no mercado é sobre o volume já comprometido com a exportação. Os números oscilam entre 850 mil, 950 mil e 1,0 milhão de toneladas. Se a safra for de 2,4 MT, seria aproximadamente 41,67% da disponibilidade do estado, que ficariam com 1,4 MT para as necessidades dos moinhos, contra um uso historio ao redor de 1,3 MT.

Muito apertada, portanto, e razão para manter preços elevados, porque qualquer fator extra (como um grande estrago na qualidade, por exemplo) poderá desfazer o equilíbrio frágil de oferta e demanda que paira sobre o estado.

SANTA CATARINA: O estado deverá aumentar a produção

As lavouras de trigo de Santa Catarina não foram afetadas pelas geadas porque ainda não estavam em fases susceptíveis a elas. A expectativa de produção para a safra 2020/21 é de 300 mil toneladas, na hipótese mais otimista.

PARANÁ: O preço do trigo novo para entrega em setembro já subiu R$ 100,00/t

As cotações do trigo novo para entrega em setembro já subiram R$ 100,00/t na região dos Campos Gerais, onde se concentra a maior tonelagem de esmagamento de trigo no estado. As cotações passaram de R$ 1.100,00/t antes das geadas, para R$ 1.200,00 agora. O mercado está, em sua maioria, analisando a extensão dos danos. Na última quinta-feira o Deral-PR divulgou sua nova estimativa, com quebra ao redor de 300 mil toneladas, com o potencial produtivo passando de 3,74 MT para 3,44 MT.

No seu relatório desta terça-feira, já considerou a colheita de 3% ou um pouco mais de 10.000 toneladas e mostra que há potencial para a colheita de até 1,24 MT em setembro (34% da safra), o que poderá eventualmente, fazer novamente pressão sobre os preços.

MINAS GERAIS: Mercado continua retraído à espera de definição dos preços no Paraná

A maior parte do trigo de safra nova 2020/21 colhido em Minas Gerais foi comercializada a R$ 1.100,00/t FOB. Com o avanço da colheita, este preço caiu para R$ 1.060,00 (que ainda vigora), mas, os vendedores estão retraídos, esperando para ver as conseqüências das geadas no PR e no RS, na expectativa de que o preço volte a subir. Um dos moinhos tem armazém de compra no Paraná e a maioria dos demais também compra no estado, então estão todos esperando a definição da safra paranaense para colocar seus (novos) preços.



Fonte: T&F Agroeconômica

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