O mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios e preços entre estáveis e levemente mais altos em março. Apesar do avanço da colheita, da queda dos contratos futuros em Chicago e do recuo do dólar, os preços firmes e a boa demanda garantiram a quase estabilidade das cotações nas principais praças de comercialização do país.

A saca de 60 quilos abriu o mês e vai encerrando o dia 28 na casa de R$ 131,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço subiu de R$ 126 para R$ 127 no período. Em Rondonópolis (MT), a cotação permaneceu em R$ 116,00. No Porto de Paranaguá, a saca passou de R$ 132,00 para R$ 134,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em maio tiveram desvalorização de 1,22% no período, cotados na manhã da sexta, 28, a US$ 10,13 1/4 por bushel. A entrada da ampla safra sul-americana e as preocupações com a política tarifária do governo Trump colocaram os investidores na defensiva.

O dólar comercial acumulou recuo de 2,49% em março, cotados a R$ 5,7679 na sexta, 28. Os prêmios de exportação, mesmo com o avanço da colheita no Brasil, seguiram firmes.

A produção brasileira de soja em 2024/25 deverá totalizar 172,45 milhões de toneladas, com elevação de 13,2% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 152,3 milhões de toneladas. A estimativa é de Safras & Mercado, divulgada dia 14 de março. Em 7 de fevereiro, data da estimativa anterior, a projeção era de 174,88 milhões de toneladas.

Safras indica aumento de 2,2% na área, estimada em 47,47 milhões de hectares. Em 2023/24, o plantio ocupou 46,45 milhões de hectares. O levantamento aponta que a produtividade média deverá passar de 3.295 quilos por hectare para 3.651 quilos.

Plantio nos EUA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá apontar retração na área a ser plantada com soja naquele país em 2025 na comparação com o ano anterior. O relatório de intenção de plantio do USDA será divulgado nesta segunda, às 13hs. A previsão deverá indicar área menor que a estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento.

Pesquisa realizada pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 83,76 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 87,05 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 82,5 milhões e 85,5 milhões de acres.

Se a expectativa do mercado for confirmada, o USDA vai indicar um número inferior aos 84 milhões de acres indicados durante o Fórum. A área de soja deverá ficar abaixo da de milho, projetada em 94,17 milhões de acres, contra 90,59 milhões do ano anterior.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

FONTE

Autor:Dylan Della Pasqua / Safras News

Site: Safras & Mercado

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