A aplicação de defensivos agrícolas é essencial para assegurar a manutenção da produtividade de culturas de interesse econômico como soja, milho, trigo entre outras. Em muitas propriedades agrícolas, uma grande parcela ou até a totalidade das aplicações de defensivos agrícolas é realizada via pulverização terrestre, utilizando pulverizadores de arrasto ou autopropelidos.
Entretanto, além de apresenta limitado rendimento operacional, a pulverização terrestre causa redução da produtividade das culturas em função do amassamento das plantas. Estima-se que perdas de produtividade variando entre 4% a 7% sejam observadas em função do amassamento da cultura pelo trafego das maquinas na aplicação dos defensivos (Costa, 2017).
Como estratégia para o aumento do rendimento operacional e redução das perdas por amassamento da cultura, surge a pulverização aérea. Segundo Santos (2005), um avião médio, tipo IPANEMA, operando com sua carga operacional de 500 litros (carga máxima operacional total de 700 litros) pulverizando um volume de 15 litros/hectare (BVO) ou 50 litros/hectare (citros), poderá apresentar um rendimento aproximado de 100 hectares e 50 hectares por hora respectivamente.
Além do elevado rendimento operacional, quando comparada a aplicação terrestre, a aplicação aérea de defensivos agrícolas demonstra significativa redução do uso de água, podendo chegar a 70%. Conforme visto anteriormente, em uma aplicação aérea de defensivos agrícolas, o volume de calda varia entre 15 a 50 l/ha, enquanto em uma aplicação terrestre variando entre 80 a 130 l/ha.
Atrelado a essas vantagens, a pulverização aérea permite ainda maior rapidez na aplicação de defensivos, aplicação em áreas cujas condições do solo são inadequadas temporariamente para a entrada de máquinas terrestres (solo muito úmido), a aplicação de defensivos em estádios mais avançados do desenvolvimento de culturas de alto porte, tais como milho, cana e café, além de maior precisão e uniformidade da aplicação.
Dependendo da tecnologia de aplicação embarcada no avião, a eficiência de aplicação pode ser superior à da aplicação terrestre. A exemplo da aplicação eletrostática, que apresenta a deposição de gotas de até 70% (Oliveira et al., 2017).
Sobretudo para garantir a qualidade da aplicação aérea, alguns cuidados necessitam ser tomados a fim de aumentar a eficácia da aplicação, reduzindo também os riscos de deriva. Levando em consideração fatores como altura de voo, bem como pressão de trabalho, tipo de bico, mistura de tanque, entre outros.
Essas e outras informações para alavancar a eficácia da aplicação aérea de defensivos agrícola você encontra no novo curso que a equipe Mais Soja preparou para você “Aplicações aéreas: eficácia nas alturas”. O curso é ministrado pelo Professor Dr. Henrique Campos, Engenheiro Agrônomo com Mestrado e Doutorado em Agronomia voltado a tecnologia de aplicação terrestre e aérea e Diretor das empresas Sabri Sabedoria Agrícola.
Clique aqui e confira!
Referências:
COSTA, C. C. CUSTO E BENEFÍCIOS DO USO DA PULVERIZAÇÃO AÉREA DE AGROTÓXICOS NA AGRICULTURA. Embrapa Instrumentação, 2017. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1085336/1/BoletimPD39Custoebeneficio….pdf >, acesso em: 09/11/2022.
OLIVEIRA, D. D. et al. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA APLICAÇÃO DE AGROQUÍMICOS VIA AÉREA E TERRESTRE. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer – Goiânia, v.14 n.26; p. 715, 2017. Disponível em: < https://www.conhecer.org.br/enciclop/2017b/agrar/vantagens%20e%20desvantagens.pdf >, acesso em: 09/11/2022.
SANTOS, J. M. F. APLICAÇÃO AEREA E TERRES: VANTAGENS E LIMITAÇÕES COMPARATIVAS. V Congresso Brasileiro de Algodão, 2005. Disponível em: < https://www.agrolink.com.br/downloads/81683.pdf >, acesso em: 09/11/2022.
Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (Site, Facebook, Instagram, Linkedin, Canal no YouTube)