A cultura apresenta desenvolvimento satisfatório em função da alta radiação solar e da disponibilidade de água dos reservatórios, apesar de, em algumas regiões, haver preocupações com níveis de rios e barragens. As temperaturas noturnas abaixo de 15 °C desfavorecem as lavouras em estágio reprodutivo. São realizados tratos culturais.

O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) divulgou o encerramento do plantio da safra, com área menor que a projetada, que era de 948.356 hectares, estando implantados 927.885 hectares de arroz irrigado. Algumas regionais não atingiram 100% da intenção de semeadura, como a Central, que teve atraso na reconstrução das áreas, atingindo 84,78% da área. A semeadura no Estado ficou em 97,84% da intenção prevista para a safra 2024/2025. O Irga salienta que as equipes técnicas estarão realizando novos levantamentos para que os números finais da semeadura sejam divulgados durante a abertura da colheita do arroz, que acontece de 18 a 20/02, em Capão do Leão. A Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.478 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, de maneira geral, as lavouras de arroz continuam adequadas em função das condições ambientais, consideradas ideais para o desenvolvimento da cultura, exceto em algumas localidades onde as temperaturas noturnas permanecem baixas para as lavouras em início da fase reprodutiva. Apesar do tempo seco, tanto na Fronteira Oeste como na Campanha, os produtores estão tranquilos, pois ainda há água suficiente nos reservatórios para suprir a necessidade das plantas até o final do ciclo. Já para os produtores que dependem da água de rios para irrigação, pode haver limitação de disponibilidade, se o quadro de estiagem se intensificar ao longo do verão.

A irrigação está estabelecida nas áreas semeadas em outubro e novembro, mas há relatos de atraso nesse processo, em Dom Pedrito e em Bagé, devido a fatores como: a desuniformidade de estande, ocasionada pelas baixas temperaturas; aos problemas com manejo de algumas espécies de plantas daninhas; às dificuldades com mão de obra para a irrigação, que é especializada e bastante escassa; bem como à priorização do plantio de soja, em algumas propriedades, em detrimento do início da irrigação do arroz, durante o mês de dezembro.

O potencial produtivo dessas áreas em atraso de manejo da água já está sendo comprometido. As lavouras implantadas em dezembro ainda estão em fase inicial de desenvolvimento e recebem os tratos anteriores à entrada da água, como a aplicação de herbicidas e fertilizante nitrogenado.

Na de Pelotas, foram implantados 175 mil hectares, um incremento de 6,26% de área em relação à Safra 2023/2024. A maior área semeada está em Santa Vitória do Palmar, que implantou 69.080 hectares, e em Arroio Grande, 36.427 hectares. Nas lavouras já estabelecidas, o desenvolvimento das plantas está satisfatório devido às condições climáticas dos últimos dias. Apenas 1% das lavouras entrou em floração. Os produtores estão realizando os tratos culturais, como irrigação e aplicação de adubação em cobertura com ureia.

Na de Santa Maria, em Cacequi, os níveis dos rios que passam pelo município estão muito baixos e comprometem a irrigação das lavouras, assim como em Formigueiro, São Sepé, Restinga Sêca e Faxinal do Soturno. As baixas temperaturas noturnas também têm afetado as plantas em estágio reprodutivo.

Na de Santa Rosa, os produtores mantêm as atividades de irrigação nas lavouras. A falta de chuvas ainda não chega a impactar, de forma mais severa, as reservas de água destinadas à irrigação por inundação, mas os produtores estão preocupados com a situação. Diante disso, foram feitos manejos nas taipas para otimizar a irrigação, diminuindo as saídas de água das lavouras.

Na de Soledade, a radiação solar incidente, o fotoperíodo e a temperatura ambiente diurna de até 31 °C, em associação com a irrigação, beneficiaram todas as fases de desenvolvimento da cultura. Nessas condições, as lavouras expressam ótimo desempenho vegetativo e reprodutivo. São realizados a adubação nitrogenada em cobertura, controle de plantas invasoras em POE e manejo da lâmina de água nos quadros. Pragas também estão sendo monitoradas. Estão 12% das áreas em floração.

Comercialização (saca de 50 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,18%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 98,10 para R$ 98,28.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1849 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1849

Site: EMATER/RS

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