O predomínio de tempo seco e a baixa umidade no solo e no ar no Estado diminuíram
a intensidade do plantio na semana.
Na regional de Soledade, 40 mil hectares já foram plantados. Em geral, os cultivos se encontram com ótimo crescimento vegetativo. Os tratos culturais seguem sendo realizados de acordo com as condições de umidade dos solos. Há casos pontuais de incidência da lagarta do cartucho para os quais são realizados controles químicos. Produtores têm procurado os escritórios da Emater/RS-Ascar para encomendar a vespinha (Trichogramma pretiosum) para o controle biológico da praga.
Nas regionais de Erechim e Frederico Westphalen, o plantio se encaminha para a conclusão. Na de Erechim, o déficit hídrico na região já preocupa, pois não há como realizar os tratos culturais recomendados, principalmente a adubação nitrogenada. Na de Frederico Westphalen, toda a área está em germinação e desenvolvimento vegetativo. As demais áreas, nas quais ainda falta finalizar o plantio, estão sendo dessecadas. A falta de chuvas em setembro e no início de outubro está atrasando o desenvolvimento da cultura e dificultando o uso de fertilizantes, em especial a aplicação de adubação nitrogenada. A ausência de precipitações vem afetando o crescimento da cultura, em especial do produto destinado à silagem, o que poderá causar diminuição de massa verde.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, o tempo seco se prolongando por semanas seguidas tem interferido no desenvolvimento das plantas; elas têm murchado à tarde, quando o sol é mais intenso, e as temperaturas, mais elevadas. Na Campanha, a semeadura se intensificou lentamente, aproveitando as condições favoráveis de umidade nos solos.
Na de Porto Alegre, a área plantada de milho grão já atinge 9.970 hectares; para silagem, 1.875 hectares. Em geral, as condições do tempo proporcionam boa umidade no solo que, associada às temperaturas amenas, possibilita boa germinação e bom desenvolvimento vegetativo. O estado fitossanitário é satisfatório.
Na regional de Ijuí, o crescimento é muito lento e apresenta sintomas de déficit hídrico, como enrolamento de folhas e emissão de colmos finos. As lavouras atingem os estádios fenológicos de três a seis folhas, momento adequado para aplicação de fertilizante nitrogenado em cobertura e controle de ervas. Porém, estas práticas requerem umidade adequada no solo para não comprometer a operação. As condições atuais não permitem tais atividades, preocupando os produtores, pois podem impactar no potencial produtivo da cultura se não forem realizadas no estádio atual. O longo período com baixa umidade tem favorecido o ataque de lagarta do cartucho e dificultado a efetividade do controle dessa praga.
Na de Santa Rosa, foi concluída a implantação das lavouras do primeiro plantio de milho para grão. O restante dos cultivos deverá ser semeado a partir de janeiro de 2021, como segundo plantio de milho grão ou safrinha. Por conta das geadas, a produtividade esperada é de 7.900 quilos por hectare. O desenvolvimento da cultura continua sendo prejudicado pela baixa umidade no solo, uma vez que foi baixíssimo o volume de chuvas ocorridas na semana. Nas áreas emergidas que se encontram em fase de aplicação da adubação nitrogenada, não foi possível realizar a operação devido ao solo seco. Da mesma forma, produtores que semearam variedades não transgênicas estão com dificuldade de fazer o controle de ervas, visto que, para o produto ser eficiente, é necessária umidade no solo.
Nas regiões da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Passo Fundo, Caxias do Sul e Santa Maria, continuam os plantios com ritmos diferenciados. Na de Pelotas, produtores aceleraram a semeadura devido às boas condições de umidade no solo, aliadas à alta taxa de insolação e às temperaturas em elevação durante o dia. A área plantada de milho grão chega a 5.060 hectares, e a de silagem, a 4.260 hectares. Na de Passo Fundo, o plantio já alcança 46.850 hectares. Os cultivos estão com boa germinação, bom desenvolvimento vegetativo e bom estado fitossanitário. Na regional de Caxias do Sul, apesar do tempo seco, segue a semeadura. As lavouras apresentam bom estabelecimento inicial, com bom estande de plantas. Se não chover nos próximos dias, a semeadura poderá ser paralisada. A adubação nitrogenada vem sendo adiada, esperando melhores condições de umidade para realização da operação. Na de Santa Maria, já foram plantados 11.850 hectares; lavouras se apresentam com boa germinação e adequados estado fitossanitário e desenvolvimento vegetativo.
Na de Lajeado, a principal destinação da cultura do milho é para alimentação animal na forma de silagem. O plantio já chega a 12.511 hectares de milho grão e a 24.652 hectares de silagem. Em função do bom desenvolvimento e da boa sanidade das plantas, a expectativa de produtividade para a atual safra é 6.030 quilos por hectare; para silagem, é de 36.530 quilos por hectare. Os produtores realizam a aplicação de fertilizante nitrogenado em cobertura e monitoram pragas para identificar a necessidade de controle químico e/ou biológico. Na região, é frequente o uso de inimigos naturais, dispersados no início do desenvolvimento da cultura, principalmente Trichogramma.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, o preço médio do milho chegou em R$ 62,21/sc., com aumento de 4,84% em relação ao da semana anterior.
Na região de Ijuí, os preços estão sendo praticados entre R$ 62,00 e R$ 63,00/sc. Na de Frederico Westphalen, variam entre R$ 59,00 e R$ 60,00; nas regionais de Erechim e Porto Alegre, a cotação é de R$ 60,00; Caxias do Sul, R$ 62,00. Na de Bagé, o milho é comercializado a R$ 61,00. Em Passo Fundo, entre R$ 54,00 e R$ 57,50; Santa Rosa, a R$ 60,90; na regional de Pelotas, oscilou entre R$ 52,00 e R$ 60,00. Na de Santa Maria, o preço médio é R$ 63,20; na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, R$ 59,00; e na de Soledade, R$ 62,25/sc.
Fonte: Emater/RS-Ascar