O objetivo do trabalho foi avaliar a biologia de S. cosmioides em cinco genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L).

Autores:  Mônica A. Rodrigues1 , Angelina Marcomini2 , Karina C. A. Godinho3 , Cecília Czepak3 , Rízia S. Andrade1,3

Trabalho publicado nos Anais do evento e divulgado com a autorização e inserção de informações dos autores .

Introdução 

Spodoptera cosmioides (Walker) é um inseto polífago restrito à América do Sul. Diversas culturas e plantas daninhas são consideradas hospedeiras dessa lagarta. A resistência de plantas à insetos é uma das estratégias no controle de pragas. A espécie ou variedade de planta pode influenciar no desenvolvimento e comportamento da praga, além de suportar ataques. O objetivo do trabalho foi avaliar a biologia de S. cosmioides em cinco genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L).

Materiais e métodos

As variedades de feijão utilizadas foram ‘BRS Ametista’, ‘BRS Campeiro’, ‘BRS Pitanga’, ‘BRS Jalo Precoce’ e ‘BRS Pérola’ cultivadas em casa de vegetação. O bioensaio foi conduzido no laboratório de Biodiversidade, da Faculdade Metropolitana de Anápolis-GO, sob condições ambientais de 25,23ºC de temperatura, 57,05% de umidade relativa e 13:11 de fotoperíodo. As lagartas recém-eclodidas foram individualizadas em potes de plástico e diariamente alimentadas com folhas das variedades cultivadas ( Figura 1). O delineamento foi inteiramente casualizado com 60 repetições. Avaliou-se a viabilidade, o período de desenvolvimento de larva, pré-pupa e pupa, razão sexual, peso médio e porcentagem de deformações das pupas. Também foram avaliadas as características bromatológicas de cada variedade (Tabelas 1 e 2).

Figura 1. Lagartas de S. cosmioides alimentadas em diferentes cultivares de feijão P. vulgaris.

Tabela 1.Análise bromatológica de cinco variedades de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.).

Tabela 2. Valores médios (±EPM) das características biológicas de Spodoptera cosmioides criadas em diferentes cultivares de feijão (Phaseolus vulgaris).

Resultados e discussão 

A variedade BRS Jalo Precoce promoveu a menor massa de pupas, não garantiu boa viabilidade total (25%) e desenvolvimento larval maior em relação aos demais tratamentos. A baixa viabilidade pode ser devido ao baixo teor de proteínas e energia, além de um possível fator antinutricional ( Figura 2). Essa variedade apresentou os piores teores de matéria seca, matéria mineral, proteína bruta e estrato etéreo.

Figura 2. Sobrevivência acumulativa de Spodoptera cosmioides quando alimentada com folhas de cinco variedades de feijão (vegetativo, N = 60). O teste de Análise de Sobrevida de Kaplan-Meier: Log-Rank mostrou diferença estatisticamente significante entre as curvas de sobrevida (p <0,001).

Conclusão

A variedade BRS Jalo Precoce pode ser usada em estudos de resistência de plantas à S. cosmioides e em programas de Manejo Integrado de Pragas.

Informações dos autores   

1Faculdade Metropolitana de Anápolis, Avenida Fernando Costa, no 49, Vila Jaiara, CEP: 75.064-780, Anápolis , GO;

²Universidade Estadual de Goiás, Via Protestato Joaquim Bueno, nº 945, Perímetro Urbano, CEP: 75.920-000, Santa Helena de Goiás; Escola de Agronomia, ³Universidade Federal de Goiás, Caixa Postal 131, CEP: 74690-900, Goiânia, GO.

Disponível em: Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia,  2018. Gramado, RS.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.