Por T&F Agroeconômica, comentários referentes a 23/04/2025
FECHAMENTOS DO DIA 23/04
O contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,51%, ou $0,51 cents/bushel a $ 1040,25. A cotação de julho, fechou em alta de 0,41% ou $ 4,25 cents/bushel a $ 1050,25. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -0,38 % ou $ -1,1 ton curta a $ 290,8 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,69 % ou $ 0,33/libra-peso a $ 47,91.
ANÁLISE DO MIX
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta quarta-feira. Novamente as cotações mais próximas da soja ganharam tração com alguns sinais de recuo do governo Trump, o mesmo não aconteceu com os demais grãos. Neste meio de semana, Donald Trump acenou para a China dizendo que as altas tarifas que ele impôs às importações chinesas (145%) “serão substancialmente reduzidas”. O presidente também disse a jornalistas credenciados na Casa Branca que está confiante em chegar a um acordo com a China.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu que, se uma solução negociada é realmente o que os EUA desejam, “devem parar de ameaçar e chantagear a China e buscar um diálogo baseado na igualdade, no respeito e no benefício mútuo.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
TRUMP ACENA PARA A CHINA (altista)
A soja registrou um segundo dia ligeiramente otimista em Chicago — mais uma vez, as duas primeiras posições tiveram os maiores ganhos — em resposta às observações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as altas tarifas que ele impôs às importações chinesas (145%) “serão substancialmente reduzidas”.
O presidente também disse a jornalistas credenciados na Casa Branca que está confiante em chegar a um acordo com a China. “Seremos muito gentis, eles também serão gentis e veremos o que acontece”, disse Trump. Isso estava de acordo com os comentários feitos ontem pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, que previu uma “desescalada” na guerra comercial com a China “em um futuro próximo”. Como tem sido o caso desde o início deste conflito tarifário, as idas e vindas são às custas e sob a direção da Casa Branca.
RESPOSTA DA CHINA (altista)
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu que, se uma solução negociada é realmente o que os Estados Unidos desejam, “devem parar de ameaçar e chantagear a China e buscar um diálogo baseado na igualdade, no respeito e no benefício mútuo. Continuar a exigir um acordo enquanto exerce pressão extrema não é a maneira certa de lidar com a China e simplesmente não vai funcionar”.
RECUO DE TRUMP NA DISPUTA COM O FED (altista)
O outro fator exógeno ao mercado agrícola que gerou um impacto favorável em Wall Street e aliviou o sentimento dos investidores foi o recuo de Trump em sua disputa com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, após esclarecer que não tinha “nenhuma intenção” de demiti-lo, além de considerar que “gostaria de vê-lo um pouco mais ativo — para reduzir as taxas — porque é o momento perfeito para isso”.
BRASIL-VALORIZAÇÃO DO REAL (altista para a CBOT, baixista para o Brasil)
A valorização do real frente ao dólar, que ficou em torno de 2% até agora nesta semana, voltou a ter influência positiva na soja norte-americana. Essa medida tira parte do incentivo de venda dos produtores, que estão encerrando uma colheita recorde no Brasil.
ARGENTINA-AUMENTA A MOAGEM DE SOJA (baixista)
Na Argentina, a Secretaria Nacional de Agricultura informou que a moagem de soja em março foi de 3.228.968 toneladas, 22,08% acima das 2.644.896 toneladas processadas em fevereiro e 11,04% acima das 2.907.942 toneladas no mesmo mês de 2024. Em relação aos estoques de soja mantidos pela indústria em 1º de abril, o órgão informou que eram 661.696 toneladas, 46,81% abaixo das 1.244.110 toneladas estocadas em 1º de março.
Fonte: T&F Agroeconômica