Comentários referentes à 22/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 22/01

O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,05%, ou $ -11,25 cents/bushel a $ 1056,00. A cotação de maio, fechou em baixa de -0,88 % ou $ -9,50 cents/bushel a $ 1068,25. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,54% ou $ 4,8 ton curta a $ 315,8 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -2,95 % ou $ -1,35/libra-peso a $ 44,42.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Após duas fortes altas, o mercado fez os primeiros ajustes na cotação da oleaginosa. A leitura no momento é que a guerra tarifaria ventilada por Donald Trump pode ser mais amena que o especulado anteriormente. Com isso diversos ajustes foram feitos, com o complexo de grãos apresentado muita variação. A cotação do dólar caiu frente diversas moedas, sendo o Real a moeda que mais valorizou no dia.

No entanto a notícia do dia foi a suspenção da China dos embarques de soja, oriundos de cinco empresas brasileiras. A Alfandega Chinesa observou que não está claro quanto tempo a suspensão durará, embora fontes esperem que não seja longa. “Depende principalmente da rapidez com que as empresas brasileiras conseguirem demonstrar que descobriram o que causou essas reclamações e elaborar um plano para resolvê-las”, disse a primeira fonte. “Estamos levando isso a sério”, disse um representante de uma das empresas afetadas à Reuters nesta quarta.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
CHINA SUSPENDE EMBARQUES DE SOJA BRASILEIRA (altista para EUA e Argentina e baixista para o Brasil)

A Administração Geral das Alfândegas da China suspendeu neste mês de janeiro os embarques de cinco empresas exportadoras do Brasil por não atenderem a requisitos fitossanitários, por contaminação química, pragas ou insetos. “Quando tentamos processar o desembaraço no site da alfândega para a soja enviada por essas cinco empresas, não conseguimos prosseguir”, disse a segunda fonte, um trader de uma esmagadora de soja sediada na China.

CHINA-PRIMEIRAS TARIFAS (pouco baixista)

Comentários do dia anterior, à noite do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a possibilidade de aplicação de tarifas de 10% sobre as importações de produtos chineses produtos, em retaliação ao fluxo de fentanil do país asiático.

TARIFAS-AINDA LONGE DOS 60% (pouco baixista)

Além do possível impacto negativo da notícia, vale ressaltar que isso estaria muito longe da ameaça, feita há poucas semanas, de impor tarifas de 60% sobre produtos chineses. Enquanto isso, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em uma entrevista coletiva hoje que “não há vencedores em guerras comerciais ou tarifárias” e que “a China protegerá resolutamente seus interesses nacionais”.

A ÚNICA CERTEZA SÃO AS INCERTEZAS (baixista)

Como temos dito nos últimos dias, a volatilidade é uma das maiores certezas que afetarão o mercado de grãos com o governo Trump, pois é fonte de rumores, ameaças e reações repentinas quanto ao tratamento comercial dos Estados Unidos com outros países. Tudo a pedido do “jogo” dos fundos de investimento especulativos.

QUEDA DO PÉTRÓLEO (baixista)

O petróleo contribuiu para a tendência de baixa da soja ao abrir mão de parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas diante da possibilidade real de o novo governo americano reduzir os estímulos à produção dos chamados combustíveis sustentáveis, entre eles o biodiesel. O contrato de petróleo de março perdeu US$ 29,76 e encerrou o dia com liquidação de 979,27 dólares por tonelada.

BRASIL-ATRASOS E CLIMA SECO (altista)

As perdas foram contidas pelo atraso na colheita de soja no Brasil e pela persistência de clima quente e quase seco em grandes áreas agrícolas da Argentina, que precisam de aportes de umidade adicionais aos recebidos no fim de semana anterior.

BRASIL EXPORTA MAIS (altista para o Brasil, baixista para CBOT)

Após revisão semanal de suas estimativas, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil aumentou ligeiramente o volume de exportações de soja em janeiro, de 2,19 para 2,22 milhões de toneladas, ante 2,40 milhões embarcadas no mesmo mês de 2024 e 1,47 milhão em dezembro. Quanto às vendas de farelo de soja no primeiro mês de 2025, a estimativa foi elevada de 1,80 para 1,81 milhão de toneladas, ante 1,76 milhão no mesmo mês do ano passado e 2,18 milhões no mesmo mês do ano passado. negociadas em dezembro.

Fonte: T&F Agroeconômica



Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais ( Site ,  Facebook ,  Instagram ,  Linkedin ,  Canal no YouTube )


DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.