Por T&F Agroeconômica, comentários referentes a 19/12/2024
FECHAMENTOS DO DIA 19/12
Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,74% ou $ 3,50 cents/bushel a $ 440,75. A cotação para maio, fechou em alta de 0,51 % ou $ 2,50 cents/bushel a $ 446,25.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quinta-feira. Após duas sessões em queda, as cotações do milho ficaram atrativas para compras de oportunidade dos Fundos de Investimentos. Corroborou para a decisão a melhora de 24% nas vendas semanais, com os exportadores americanos negociando 1.174.600 toneladas na semana. A alta, no entanto, não foi maior com a perspectiva de aumento no volume de safra de alguns países chaves na Europa e América do Sul para a campanha 25/26.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: B3 cai em vista de um dólar mais fraco e mercado internacional trabalha na contramão
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em baixa nesta quarta-feira (19). Ao final do pregão, os vencimentos se apresentaram mais baixos, em face de um dólar que alcançou a máxima de R$ 6,300 para fechar o dia a R$ 6,122 (-2,32%). No mercado físico, pouquíssima movimentação. Na Bolsa de Chicago, os futuros de milho permanecem acima das mínimas de novembro e foram sustentados por uma forte demanda de exportação e uma perspectiva de oferta mais restrita.
OS FECHAMENTOS DO DIA 19/12
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em baixa no dia: o vencimento de janeiro/25 foi de R$ 73,90 apresentando baixa de R$ 0,76 no dia, baixa de R$ 2,16 na semana; março/25 fechou a R$ 73,63, baixa de R$ 0,41 no dia, baixa de R$ 1,07 na semana; o vencimento maio/25 fechou a R$ 72,87, baixa de R$ 0,52 no dia e baixa de R$ 0,62 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
USDA DE BRASÍLIA AUMENTA SAFRA DE MILHO PARA 128 MT (baixista)
A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília estimou a produção de milho do Brasil em 128 milhões de toneladas em 2024/25 (março de 2025 a fevereiro de 2026), ante projeção anterior de 127 milhões de toneladas. A agência atribuiu o aumento ao recuo nos custos de produção e às altas dos preços do milho no Brasil nos últimos meses, impulsionados pelos avanços nos preços internacionais e desvalorização do real. O volume ainda é 4,9% superior ao projetado para 2023/24, de 122 milhões de t.
BRASIL-AUMENTO NAS EXPORTAÇÕES (baixista para CBOT, altista para o Brasil)
As projeções para as exportações brasileiras de milho foram ampliadas em 1 milhão de toneladas, para 48 milhões de toneladas em 2024/25, segundo o USDA na capital federal. O volume supera a nova projeção para 2023/24, que passou de 47 milhões de t para 44 milhões de t.
BRASIL-CONSUMO DOMÉSTICO MAIOR (altista)
O consumo doméstico de milho no Brasil deve subir 0,6% ante o estimado anteriormente, somando 84,5 milhões de t, com o esperado crescimento da indústria de etanol no País, avaliou o USDA de Brasília. O volume também é maior que o previsto para 2023/24, que foi ampliado em 1,2%, a 83 milhões de t.
CHINA REDUZ IMPORTAÇÕES DE MILHO (baixista)
As importações chinesas de milho somaram 300 mil toneladas em novembro, alta de 20% ante outubro, mas queda de 91,6% em relação à novembro de 2023 (cerca de 3,59 milhões de t), de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês). Em valores, as importações de milho no décimo primeiro mês do ano totalizaram US$ 77 milhões. No acumulado do ano até novembro, a China importou 13,32 milhões de toneladas do cereal, recuo de 39,9% na comparação com igual período de 2023.
EUA-EXPORTAÇÕES DENTRO DO ESPERADO (neutro)
O relatório semanal de hoje sobre as exportações dos EUA foi neutro a ligeiramente positivo, onde o USDA reportou vendas de milho 2024/2025 de 1.174.600 toneladas, acima das 946.900 toneladas do trabalho anterior e dentro do intervalo previsto pelos privados, entre 800.000 e 1.600.000 toneladas. toneladas. O México foi o principal comprador, com 395,5 mil toneladas.
BRASIL-MAIS UMA CONSULTORIA ELEVA PRODUÇÃO (baixista)
Com efeito, o Pátria Agronegócios elevou ontem a estimativa do volume da produção total de milho 2024/2025 de 127,55 para 129,27 milhões de toneladas, um salto que implicaria um crescimento de 11,7% em comparação com o ciclo anterior. Em seus últimos relatórios mensais, o USDA e a Conab projetaram a colheita brasileira de milho em 127 e 119,63 milhões de toneladas, respectivamente. Acrescente-se que o adido agrícola do USDA no Brasil colocou anteontem sua avaliação do volume da colheita em 128 milhões de toneladas.
ARGENTINA-PLANTIO ATINGE 65,8% (baixista)
Na Argentina, o BCBA informou hoje que nos últimos sete dias a plantação de milho para grão avançou 10,2 pontos percentuais e que a obra já cobriu 65,8% dos 6,30 milhões de hectares previstos. “Os pulsos de umidade sobre o centro e norte da área agrícola aumentaram a umidade superficial e permitiram avanços satisfatórios com a incorporação de lotes tardios. Em nível nacional, 27% do milho precoce está em seu período crítico (VT-R1) com umidade em o perfil adequado ao ótimo em 88,3% dos casos. Além disso, as temperaturas dentro da normalidade no centro agrícola favorecem o desenvolvimento das plantas. Nesse contexto, os colaboradores afirmam que o milho se mantém precoce. um alto potencial de desempenho”, destacou a entidade.
EUROPA-MAIS MILHO, MENOS IMPORTAÇÃO (baixista)
Na sua primeira projeção para a safra 2025/2026 na União Europeia, a Coceral prevê hoje uma produção de milho em 61,88 milhões de toneladas, acima dos 60,17 milhões do ciclo anterior. Além disso, estimou a colheita da Ucrânia em 27,60 milhões de toneladas, acima dos 24,57 milhões de 2024/2025. Relativamente à cevada, a Coceral previu a produção do bloco comercial em 51,92 milhões de toneladas, acima dos anteriores 50,35 milhões. Para o Reino Unido, a previsão da Coceral é de um crescimento na oferta de cevada de 6,99 para 7,78 milhões de toneladas.
CONSULTORIA CONFIRMA MAIS MILHO (baixista)
Por seu lado, a consultora Strategie Grains projetou a produção de milho 2025/2026 da União Europeia em 59,60 milhões de toneladas, acima dos 57,90 milhões que esta empresa calculou para a campanha anterior.
Fonte: T&F Agroeconômica