FECHAMENTOS DO DIA 26/09
Milho: A cotação de dezembro24, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -0,48% ou $ -2,00 cents/bushel a $ 413,25. A cotação para março25, fechou em baixa de -0,52% ou $ -2,25 cents/bushel a $ 431,00.
ANÁLISE DA BAIXA
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As cotações do cereal foram pressionadas pelo fraco relatório semanal de vendas para exportação do USDA. O departamento aponto que uma queda de 36,85% no comparativo semanal de vendas externas nos EUA. O volume de 535.100 toneladas de milho ficou abaixo do intervalo calculado pelo mercado. O fraco relatório somado a redução semanal da produção de etanol, divulgado no dia anterior, pressionaram a cotação.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: B3 fecha em campo positivo, com maior demanda pelo mercado interno e escassez de ofertas
Os principais contratos de milho encerraram o dia com preços em queda nesta quinta-feira (26). As movimentações foram puxadas por uma demanda interna que vem se tornando mais interessante, à medida que safras de vários estados já vem se comercializando. Em diversas praças do país, viram-se negócios entre R$ 1,00 a R$ 2,00 maiores do que aqueles estabelecidos no dia de hoje, e embora houvesse queda na bolsa de Chicago, no cenário nacional, o movimento que se estabeleceu ajudou a sustentar os preços.
OS FECHAMENTOS DO DIA 26/09
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam variações em alta no dia: o vencimento de novembro/24 foi de R$ 68,17 apresentando alta de R$ 0,48 no dia, alta de R$ 1,29 na semana; janeiro/25 fechou a R$ 70,76, alta de R$ 0,19 no dia, alta de R$ 1,43 na semana; o vencimento março/25 fechou a R$ 71,51, baixa de R$ 0,02 no dia e alta de R$ 0,77 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA PODEM ATRASAR COLHEITA (altista)
A possibilidade de a colheita norte-americana ter que desacelerar nos estados do Sudeste devido às tempestades decorrentes da entrada do furacão Helene, que chegaria com sua carga de ventos e chuvas ao centro-oeste sul.
BRASIL-CLIMA ADVERSO (altista)
O clima, no Brasil, também deu sustentação aos preços do milho, pois um atraso no plantio da soja por falta de umidade vai influenciar no cronograma da safrinha.
EUA-NOVA VENDA
Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de milho norte-americano 2024/2025 ao México, por 115 mil toneladas.
EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)
O relatório semanal das exportações dos Estados Unidos foi negativo para o mercado, onde o USDA reportou hoje vendas 2024/2025 de 535,1 mil toneladas, abaixo das 847,4 mil toneladas do relatório anterior e do intervalo estimado pelos operadores, que era de 600 mil a 1.300 mil toneladas. A Colômbia foi o principal comprador, com 168,2 mil toneladas, seguida de perto pelo México, com 160,7 mil toneladas. Para cumprir a meta de exportação estabelecida pelo USDA de 58,42 milhões de toneladas, é necessária uma média de vendas semanais de cerca de 1,12 milhão de toneladas.
BRASIL EMBARCA MAIS MILHO (Altista para o Brasil, negativo para Chicago)
Na revisão da expectativa das exportações brasileiras, a ANEC elevou ligeiramente o cálculo dos embarques de milho durante o mês de setembro, de 6,63 para 6,69 milhões de toneladas, contra os 6,42 milhões de agosto e os 9,34 milhões de setembro de 2023.
ARGENTINA-SAFRA INDEFINIDA (altista)
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou hoje o progresso do plantio de milho em 10,5% dos 6,3 milhões de hectares estimados. “Dado que boa parte dos centros produtivos conseguiram avançar em bom ritmo, o avanço interanual da semeadura é de 3,2 pontos percentuais.
Porém, uma superfície significativa ainda mantém níveis de umidade abaixo do ótimo para garantir a emergência, por isso os trabalhos começam a atrasar”, disse a entidade. E acrescentou que os colaboradores relatam que se não chover nos próximos 15 a 20 dias, a intenção de plantio antecipado não poderá ser concretizada, situação que, “dependendo dos resultados da monitorização das populações de cigarrinhas, poderá determinar uma redução de área ainda maior que os 20,3% projetados em relação ao ano anterior”.
Por outro lado, os primeiros avanços no plantio foram registrados no centro e oeste de Buenos Aires, embora ainda de forma incipiente. Para a província de Córdoba, excluindo os departamentos de Unión, Marcos Juárez e Roque Sáenz Peña, ainda não foram registradas precipitações que permitam o início do plantio.
Fonte: T&F Agroeconômica