As lavouras no Estado estão nas seguintes fases: 3% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 4% em floração, 13% em enchimento de grãos, 15% dos cultivos estão maduros e 65% já foram colhidos. O prolongamento da estiagem tem forçado os produtores a solicitar vistorias para comprovar as perdas e viabilizar o acesso ao seguro agrícola e ao Proagro.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, 9% das lavouras encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração, 2% em enchimento de grãos, 1% em maturação e 82% das lavouras já foram colhidas. Nas áreas de sequeiro, a produtividade alcança 7.200 quilos por hectare e até 12 mil quilos por hectare em áreas irrigadas.
A chuva no período proporcionou alívio às condições restritivas de água no solo para o desenvolvimento da cultura. Os produtores conseguiram realizar a aplicação de herbicida e inseticida e de adubação nitrogenada em cobertura nas lavouras de milho safrinha. Apesar das chuvas, a continuidade da estiagem acarretará perdas às áreas tardias. Na regional de Frederico Westphalen, 92% das lavouras já estão colhidas. O rendimento médio é de 6.839 quilos por hectare. Os grãos têm apresentado boa qualidade.
Em geral, as perdas na produtividade estão em 21%. Na de Ijuí, o milho grão está em final de ciclo e com colheita paralisada, já concluída em 97%. Na de Erechim, a colheita ocorreu em 95% da área plantada. O restante está em maturação. O rendimento médio é de 7.473 quilos por hectare.
Na de Caxias do Sul, a colheita segue em ritmo lento, porque os produtores e prestadores de serviço estão priorizando a colheita da soja. O rendimento médio na região está em 5.375 quilos por hectare. A queda da produtividade só não é maior porque em municípios como Vacaria e Muitos Capões – de grande expressão na produção do grão, com área total de 28.500 hectares – o rendimento médio é de 7.400 quilos por hectare.
Nas áreas mais afetadas pela estiagem, a qualidade do grão também foi comprometida, apresentando espigas com alto índice de grãos ardidos, mofados e brotados. Na de Soledade, 62% das lavouras já foram colhidas. Entre as demais, 12% estão em estágio de desenvolvimento vegetativo, 6% em floração, 16% em enchimento de grãos e 4% em maturação.
As lavouras de semeadura tardia foram a mais beneficiadas com as chuvas ocorridas na semana. Os volumes precipitados auxiliaram a interrupção temporária das perdas. Em algumas lavouras com semeadura mais tardia, as recentes chuvas proporcionaram, embora com atraso, a realização da adubação nitrogenada em cobertura. Os produtores também fazem controles em áreas com infestações de lagartas.
Na de Bagé, 72% das lavouras estão colhidas, 4% em maturação, 22% entre floração e enchimento de grãos e 2% em desenvolvimento vegetativo. Na Fronteira Oeste, as lavouras estão totalmente colhidas. A produtividade é variável; em cultivos menos tecnificados e com limitações nas áreas, chega a 2.330 quilos por hectare e a 7.800 quilos por hectare em cultivos com irrigação e tecnificados. As chuvas no período, associadas à redução das temperaturas, permitiram a recuperação nas lavouras, diminuindo o quadro de
desidratação de folhas baixeiras e disponibilizando a umidade suficiente por alguns dias para o processo de enchimento de grãos. Em geral, não há incidência de doenças. Em relação às pragas, ocorrem infestações de lagartas.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a cultura está predominantemente na fase de enchimento dos grãos (42%). A colheita está se intensificando; em São Lourenço do Sul, chegou a 20% e em Canguçu, a 12%. As produtividades alcançadas refletem as perdas na região e têm variado entre 1.700 e 2.090 quilos por hectare. A cultura segue como a mais afetada pela estiagem, que atinge toda a região, e as perdas continuam aumentando.
Na de Porto Alegre, segue a colheita, já realizada em 57% dos plantios. Nas demais lavouras da região, 4% dos cultivos de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 6% em floração, 14% em enchimento de grãos e 19% em maturação. Em geral, a cultura está bastante prejudicada pela estiagem. As plantas maduras para a colheita estão pouco desenvolvidas, com baixa estatura, folhas pequenas e entrenós curtos, com aparência murcha e folhas que tendem a se fechar para diminuir a área de exposição às perdas de água da planta.
Em geral, o estado fitossanitário é bom. Na de Passo Fundo, 2% das lavouras estão nas fases de enchimento de grãos, 12% em maturação e 86% já foram colhidas. A permanência das condições do tempo – com reduzido volume das precipitações (média de 16,8 milímetros) e distribuição irregular – gera dificuldades para o desenvolvimento da cultura, sobretudo durante os períodos em que tais condições climáticas incidiram nas fases de floração e enchimento de grãos.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de cotações realizado pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do milho no Estado ficou em R$ 44,72/sc., com aumento de 0,47% em relação ao da semana anterior.
Na regional de Santa Rosa, o preço está cotado em R$ 43,00/sc.; em Frederico Westphalen, a variação se manteve entre R$ 43,00 e R$ 44,00; na de Pelotas, os preços variaram entre R$ 42,00 e R$ 50,00; na de Erechim chegou a R$ 45,00; em Passo Fundo, a R$ 44,00; em Ijuí, a R$ 44,25; em Bagé, os preços têm variado entre R$ 41,00 e R$ 50,00.
Em Caxias do Sul, o preço médio permaneceu em R$ 44,50; em Ijuí, em R$ 44,25; na regional de Soledade, em R$ 43,50; em Santa Maria, o preço médio chegou a R$ 45,43 e em Porto Alegre a R$ 50,00/sc.
Fonte: Emater/RS