Segue a colheita da cultura, apesar de menos intensa, pela prioridade da soja e do arroz. As lavouras da metade Sul apresentam produtividades boas, pois sofreram menos com a estiagem da primavera.
Na regional de Santa Rosa, 2% das lavouras estão na fase de floração (pendoamento) 8% em formação e enchimento do grão, 5% em maturação e 84% da área foi colhida. Apesar das chuvas no final do ano, a produtividade média das lavouras (somando safra e safrinha) está em 3.116 quilos por hectare. Com a retomada das chuvas no estádio reprodutivo, mesmo que tardiamente, estas devem amenizar os danos sofridos pela cultura nos meses anteriores. A colheita das áreas de milho deve atrasar um pouco em função das máquinas colhedoras estarem priorizando a da soja, assim que finalizarem, deve ser retomada a colheita do milho.
Na regional de Ijuí, cultura de segundo cultivo seguem com desenvolvimento mais lento nos municípios onde as precipitações foram pouco expressivas. Aumento dos sintomas de enfezamento causados pelo ataque de cigarrinha nos estádios iniciais de desenvolvimento.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita ocorre em ritmo mais lento, realizada de forma escalonada, priorizando a de soja e arroz. Os índices variam de 25 a 50% nos municípios da Campanha e já foi finalizada na Fronteira Oeste. As condições de clima e de umidade no solo durante a semana foram bastante satisfatórias para as lavouras que estão em fase de enchimento dos grãos. De maneira geral, não houve relatos de infestações de lagartas nas lavouras, situação favorecida pelo clima úmido e as temperaturas relativamente baixas nas madrugadas.
Na de Passo Fundo, 94% das áreas estão colhidas. Na de Erechim, 80% colhida, com perdas de 40%. A produtividade está em 5.529 quilos por hectare. Empresas fazem contratos de compra a R$ 80,00/sc. Na de Santa Maria, a colheita avançou para 68% das lavouras.
Na de Porto Alegre, a colheita avançou para 64% da área. A produtividade é de 4.538 quilos por hectare, dentro do previsto. O atraso no plantio, o clima e a presença de cigarrinhas – praga nova e muito agressiva – preocupam produtores sobre o desenvolvimento do milho do tarde. Com as últimas chuvas, a maioria das lavouras está fora de perigo, e deverão apresentar boas produtividades. O plantio no Centro-Sul ocorreu entre o final de outubro e início de novembro, e em janeiro na resteva do fumo, essas sofreram menos com déficit hídrico. Foram detectadas mais lavouras com a presença da cigarrinha, apresentando danos.
Na de Soledade, a colheita atingiu 63% da área. Lavouras em desenvolvimento vegetativo, florescimento e enchimento de grãos se beneficiaram com as condições climáticas da semana. Para lavouras em maturação fisiológica, as temperaturas mais elevadas contribuíram para a maturação e colheita; mesmo assim, devido à época (diminuição das temperaturas médias e radiação solar), o grão é colhido com umidade mais elevada, sendo necessária a secagem antes de armazenar. Ocorrência de enfezamento em algumas cultivares.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, embora a prioridade seja a colheita da soja, a do milho também avançou e já atinge 50% da área cultivada. Ainda que algumas áreas apresentem grandes perdas decorrentes do enfezamento transmitido pela cigarrinha, o rendimento se mantém elevado devido às boas condições climáticas durante todo o ciclo de desenvolvimento da cultura. O rendimento médio é de 8.446 quilos por hectare e está pouco acima do esperado inicialmente.
Na regional de Pelotas, à medida que avança a colheita, vão se confirmando as ótimas produtividades da cultura. Este fator se deve às condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do milho, principalmente a condição continuada de boa umidade presente no solo, com as precipitações regulares ao longo de fevereiro e março. As lavouras apresentam pouca ou nenhuma ocorrência de ataque da lagarta do cartucho.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o cereal segue com tendência de aumento, passando o médio do milho de R$ R$ 79,75 para R$ 81,35/sc., incremento de 2%. Preço para produto disponível em Cruz Alta R$ 86,00/sc.
Fonte: Emater/RS-Ascar – Informativo Conjuntural – Nº 1654