A área de cultivo do cereal alcançou 1.458.026 hectares. A produtividade estimada é de 3.210 kg/ha. O período foi de priorização da colheita, que alcançou 52% da área cultivada. Houve grande atividade e concentração de máquinas e equipamentos nas lavouras para a rápida retirada dos grãos maduros, antes que sofram eventuais danos por ocorrência de chuvas, diminuindo a qualidade. A colheita só não avançou mais em função do cereal ainda estar em fase de finalização da maturação, mas as plantas apresentam ótima qualidade e sanidade e completam o ciclo dentro de parâmetros normais, sem senescência antecipada. Contudo, o alongamento do processo resulta em alta produtividade e excelente qualidade do produto colhido.
O peso do hectolitro (PH) é conceituado como a massa de 100 litros (hectolitro) de trigo, expresso em quilogramas, e é determinado em equipamento específico. A safra atual apresenta resultados superiores a 78 kg/hl (PH 78), considerado satisfatório, com ápice em 84 kg/hl, ou seja, PH 84, de excelente rendimento industrial.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em São Borja, a colheita atinge 80% das lavouras, e a produtividade, nas de melhor manejo, atingem até 4.800 kg/ha. Em Maçambará, a produtividade varia de 3.300 a 3.900 kg/ha nas de pior e melhor desempenho, respectivamente.
Na de Caxias do Sul, as primeiras lavouras foram colhidas em municípios de menor altitude. A operação parece confirmar a expectativa de altos rendimentos, chegando a 4.000 kg/ha; os grãos apresentam ótima qualidade, com PH acima de 78. As lavouras remanescentes apresentam aspecto muito bom, com alto potencial produtivo, porém com um alongamento no ciclo devido às baixas temperaturas.
Na de Frederico Westphalen, o tempo seco foi importante para o avanço significativo da colheita, passando de 30% para 75% das lavouras. As demais áreas estão em fase final de maturação ou prontos para a ceifa. O produto colhido apresenta PH acima de 78 e produção próxima a 3.350 kg/ha.
Na regional de Ijuí, foram colhidas 42% das lavouras e 53% estão em maturação. A produtividade permanece com expectativa alta, em 3.750 kg/ha, superando a inicial. Em lavouras de melhor qualidade, a produtividade ultrapassa 4.000 kg/ha, e picos de 6.000 kg/ha ainda são registrados nos monitores das colheitadeiras. A qualidade do produto colhido é excelente, com PH acima de 80.
Na de Pelotas, houve uma pequena intensificação na colheita, que atingiu 4% das lavouras da região. Os índices maiores ocorrem em Jaguarão com 15% e São Lourenço do Sul com 10% de suas áreas já colhidas. A produtividade varia entre 2.700 e 3.000 kg/ha. Em enchimento de grãos estão 63%; e em maturação, 33%.
Na de Santa Rosa, com as boas condições ambientais, a colheita avançou rapidamente e foi efetuada em 76% das lavouras. A expectativa inicial de produtividade era de 3.139 kg/ha. Porém, com os excelentes resultados em obtenção, a produtividade já apresenta uma elevação de 11%, alcançando 3.466 kg/ha. Os grãos apresentam alta qualidade, com PH de 78 a 82. Há lavouras com produtividade de 4.200 kg/ha e com alta qualidade do grão, atingindo PH de 84. A maior parte dos triticultores relatam que estão comercializando imediatamente o cereal para garantir os preços atuais, que consideram satisfatórios.
Na de Soledade, a colheita também foi intensa, alcançando 25%. Nas lavouras com manejo corretos de adubação e fitossanidade, a produtividade ultrapassa 3.900 kg/ha, com ápice de 4.800 kg/ha. Já nas que estão com os manejos inadequados, a produtividade é abaixo de 3.000 kg/ha.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio apresentou redução de -2,29% em relação à semana anterior, passando de R$ 92,26 para R$ 90,15. O preço para o produto disponível em Cruz Alta ficou em R$ 97,00.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1737, Emater/RS
