A necessidade de abrir espaço nos armazéns motivou os produtores com menor investimento a avançarem nas negociações de soja em maio. Além disso, a maior demanda observada no mês foi outro motivo da ampliação das vendas. Desse modo, a comercialização da safra 21/22 aumentou 5,30 p.p. ante o mês de maio, atingindo 78,67% da produção.

Em relação ao preço médio da saca, o estado fechou em R$ 166,31/sc no período. Para a safra 22/23, a negociação avançou apenas 1,84 p.p. comparada ao mês de maio, alcançando 24,37% da produção comprometida.

As incertezas quanto à produção da safra futura e os altos patamares dos insumos têm limitado a venda de soja, que já apresenta um atraso de 8,14 p.p. ante a safra passada. No que tange ao preço, o valor da oleaginosa em MT apresentou leve queda de 0,67% ante o mês de abril, chegando a uma média de R$ 151,88/sc, devido a queda do dólar.

Confira os principais destaques do boletim:

  • SOJA EM MT: seguindo impulsionada pelo mercado internacional, a saca da soja disponível em MT apontou alta de 2,23% no comparativo semanal.
  • CME-GROUP: a demanda forte pela soja dos EUA sustentou o movimento de alta em Chicago, que registrou avanço de 1,75% em relação à semana passada.
  • PRÊMIO EM QUEDA: com menor demanda pelo grão brasileiro na última semana, os prêmios no porto de Santos apontaram queda de 13,51% ante a semana anterior.

A divulgação do USDA do quadro de oferta e demanda mundial de soja trouxe grandes mudanças para a safra 21/22.

O relatório de junho apontou um incremento de 0,75% na produção mundial, ficando estimada em 351,99 milhões de toneladas. Em relação ao consumo global, a estimativa ficou projetada em 364,65 milhões de t, alta de 1,72 milhão de t em junho. Entre os países, destaque para o aumento no esmagamento do Brasil em 1,00 milhão de t (+2,11%), ficando estimada em 48,50 milhões t, pautado pelo mercado aquecido dos subprodutos da oleaginosa.

Além disso, nos EUA, o estoque final apresentou corte de 1,01 milhão de ton (-12,68%) na safra 21/22, pautado pela demanda aquecida, principalmente nas exportações do país, que já estão acima do esperado. Por fim, era aguardado pelo mercado um aumento no consumo da China, devido à constante ampliação nas compras de soja, mas a projeção permanece inalterada em relação ao mês passado e menor que o observado na safra passada.

Fonte: Imea



 

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