Consideradas pragas de solo que acometem diversas culturas agrícolas, os corós podem causar danos como a redução do estande de plantas por se alimentarem delas plantas. As larvas rizófagas consomem principalmente as raízes secundárias das plantas de soja, causando amarelecimento, murcha e até morte de plantas quando ocorre alta infestação no início do desenvolvimento da lavoura.

Quando o ataque é mais tardio, ocorre redução do crescimento das plantas e, consequentemente, menor número de vagens e grãos, reduzindo o rendimento da cultura. Embora possam apresentar um pequeno consumo das folhas da soja, os adultos dos coros normalmente não causam danos econômicos à cultura (Adams, 2021).

Figura 1. Sintoma tardio do ataque de Phyllophaga capillata (Coró-da-soja-do-cerrado) em soja.

Fonte: Oliveira (2007)

Visando o manejo eficiente dessas pragas, independente da espécie, o monitoramento periódico das áreas é essencial para definir estratégias de manejo e/ou controle. A ocorrência da praga nas áreas de cultivo varia em função do seu ciclo biológico, logo, não necessariamente a presença de corós num determinado momento dá certeza de que os mesmos, continuarão ocorrendo nas safras seguintes, por isso a importância do monitoramento periódico (Pereira, 2021).



Como realizar o monitoramento dos corós?

O monitoramento dos corós em áreas agrícolas deve ser realizado tanto em áreas de plantio direto consolidado, quanto em áreas de plantio convencional. O monitoramento ocorre da forma manual, através da análise e coleta de solo.

Recomenda-se a abertura de trincheiras no solo (20-25 cm de largura X 50-100 cm de comprimento, e 20-25 cm de profundidade) (Pereira, 2021), e com o auxílio de uma peneira grossa (de arame), deve-se desagregar o solo coletado na trincheira, visando identificas e quantificas os corós.

Figura 2. Amostragem de corós em áreas agrícolas.

Fonte: SENAR (2018)

O número de amostras varia em função da área de cultivo. Recomenda-se o caminhamento em zigue-zague na área para a coleta das amostras. Para áreas de 1 a 9 ha, deve-se coletar 6 pontos amostrais, já para áreas variando de 10 a 29 ha deve-se coletar 8 pontos.  Para áreas de 30 a 99 ha 10 pontos devem ser coletados, já para áreas superiores a 100 ha, deve-se subdividir a área em talhões (± 100ha) e seguir o procedimento adotado com base no tamanho do talhão, conforme descrito anteriormente (SENAR, 2018).

Após quantificação do número de corós por ponto amostral, deve-se anotar o número de insetos observados por ponto, e posteriormente calcular a média de insetos por área. Conforme recomendações de manejo, se observado em média, um ou mais corós por amostra, deve-se adotar estratégias de controle como o tratamento de sementes e/ou controle químico.



Referências:

ADAMS, R. CORÓS EM SOJA: QUAIS DANOS CAUSAM E COMO MANEJAR? Mais Soja, 2021. Disponível em: < https://maissoja.com.br/coros-em-soja-quais-danos-causam-e-como-manejar/#:~:text=O%20acasalamento%20dos%20cor%C3%B3s%20ocorre,na%20camada%20superficial%20do%20solo. >, acesso em: 03/07/2023.

OLIVEIRA, C. M. CORÓ-DA-SOJA-DO-CERRADO Phyllophaga capillata (Blanchard) (Coleoptera: Melolonthidae): ASPECTOS BIOECOLÓGICOS. Embrapa, Documentos, n. 199, 2007. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/571935/1/doc199.pdf >, acesso em: 03/07/2023.

PEREIRA, P. R. V. S. MANEJO DE CORÓS. Triticale, Embrapa, 2021. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/triticale/producao/pragas-e-doencas/insetos/coros/manejo-de-coros >, acesso em: 03/07/2023.

SENAR. GRÃOS: MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) EM SOJA, MILHO E SORGO. Coleção SENAR, n. 181, 2018. Disponível em: < https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/181-GR%C3%83OS.pdf >, acesso em: 03/07/2023.

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