Os rumores com relação a uma possível redução na mistura obrigatória do biodiesel no diesel nos EUA vêm preocupando os players do complexo soja, com os contratos futuros sofrendo pressão negativa.

Apesar disso, mesmo com a queda nas cotações observada na última semana de agosto, os preços do óleo na CME-Group seguem em patamares elevados em comparação ao mesmo período de 2020 (+49,04%).

Em função dessa alta nos preços este ano, há rumores de que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) possa recomendar ao presidente Biden uma redução no percentual da mistura obrigatória dos biocombustíveis no país para valores abaixo do observado em 2020, com a justificativa de aliviar a demanda pelo óleo de soja a fim de diminuir os preços do subproduto do grão.

Caso a medida se concretize, as mudanças poderão ser sentidas nas cotações, uma vez que a demanda para a produção do biodiesel poderá ser menor.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • MT EM QUEDA: com a desvalorização do dólar na última semana, o Indicador Imea para o preço disponível da soja em Mato Grosso apresentou queda de 1,78% no comparativo semanal.
  • TENDÊNCIA DE QUEDA: os recentes volumes de chuvas observados no Centro-Oeste dos EUA na última semana pressionaram em -0,24% as cotações correntes na CME-Group.
  • MARGEM CAINDO: com a desvalorização das cotações da saca de soja e do farelo na semana anterior, a margem bruta de esmagamento apresentou queda de 20,04%.

Com a reta final do desenvolvimento da safra 21/22 nos EUA, o clima continua sendo um fator crucial para definir as condições das lavouras.

De acordo com os dados divulgados pelo USDA, até a última segunda-feira (30/08) o percentual bom/excelente das lavouras se manteve em 56%, contra 66% no mesmo período do ano passado. Somado a isso, 15% das lavouras encontram-se em condições ruins/muito ruins, enquanto no mesmo período de 2020, o valor estava estimado em 10%.

Além disso, há preocupações com o impacto do furacão Ida nos EUA, que atingiu a Louisiana do último domingo (29/08) e como isso afetará as condições de lavouras e os embarques nos portos.

Apesar do cenário de problemas climáticos no país norte-americano, as previsões apontam para um clima mais úmido nas regiões produtoras nas primeiras semanas de setembro, o que vem pressionando os preços, que chegaram a apresentar cotações abaixo dos US$ 13,00/bu na semana passada.

Fonte: IMEA

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