O controle de plantas daninhas é indispensável no cultivo da soja, visando evitar a matocompetição que prejudique a produtividade da cultura. Dentre as plantas daninhas mais preocupantes encontradas nas lavouras brasileira, o capim-amargoso (Digitaria insularis) se destaca. A planta daninha apresenta rápido crescimento; elevada produção de sementes, as quais apresentam dispersão facilitada, além disso a daninha exerce elevada influência negativa sobre a produtividade da soja.
Conforme resultados de pesquisa do Grupo Supra Pesquisa, quando em densidades populacionais de uma planta de capim-amargoso por metro quadrado de área, reduções de produtividade da soja de até 21% podem ser observadas. A medida que a densidade da planta daninha aumenta, a redução da produtividade ascende.
Figura 1. Interferência de diferentes densidades de capim-amargoso sobre a produtividade da soja.

Tendo em vista elevada interferência que essa planta daninha desempenha na produtividade da soja, seu controle é indispensável para evitar perdas produtivas. Visando melhorar o manejo e controle do capim-amargoso na cultura da soja e sistemas de produção, o grupo Supra Pesquisa vem realizando trabalhos avaliando a eficiência de herbicidas no controle da planta daninha.
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Em vídeo, o professor da UFPR e supervisor do grupo Supra Pesquisa, Alfredo Albrecht comenta alguns resultados obtidos nas pesquisas do grupo. Existem alternativas para o controle do capim-amargoso, contudo, para o adequado posicionamento de produtos, é necessário conhecimento e planejamento, pois alguns herbicidas necessitam de maior tempo de ação para maior eficiência, outros necessitam de condições adequadas de umidade etc.
Na figura 1 é possível observar as respostas do capim-amargos em resposta a aplicação de diferentes herbicidas, comparadas visualmente a testemunha a qual não sofreu aplicação de nenhum herbicida.
Figura 1. Respostas do capim-amargoso a aplicação de diferentes herbicidas. A – glifosato + formulação contendo imazapir + imazapic; B – glifosato + cletodim; C – glifosato + haloxifope; D – glufosinto; E – Diquat; F – Testemunha.

Figura 2. Respostas do capim-amargoso a aplicação de diferentes herbicidas. A – saflufenacil + glufosinato; B – cletodim + saflufenacil + glufosinato; C – cletodim + saflufenacil; D – haloxifope + glufosinato; E – cletodim + glufosinato; F – testemunha.

Conforme destacado por Alfredo, associações como glifosato + formulação contendo imazapir + imazapic necessitam ser utilizadas de forma antecipada, visto que os herbicidas necessitam de um longo período de tempo para surtir efeito e também elevada umidade, sendo assim o planejamento do manejo de plantas daninhas quando utilizada essa opção deve levar em consideração esses fatores.
Segundo Alfredo, outro fator importante em levar em consideração é o tamanho da planta a ser controlada. Herbicidas como glufosinato e associações como haloxifope + glufosinato e cletodim + glufosinato apresentam melhor controle em plantas jovens. Com o banimento do Paraquate, Alfredo comenta que uma das principais opções para sua substituição é o Diquat, entretanto, com relação ao controle de gramíneas esse herbicida não apresenta a mesma eficiência, sendo necessário buscar alternativas de controle.
Confira o vídeo abaixo com as dicas do professor Alfredo Albrecht.
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