Em Mato Grosso, o preço do farelo de soja exibiu recuo semanal de 0,74%, sendo cotado em média a R$ 1.704,00/t na última semana. Segundo os informantes do Imea, a comercialização se restringe apenas a poucos volumes, o que indica baixa demanda pelo subproduto no período.
Além disso, com o cenário baixista nos preços do boi gordo no estado, os confinadores não têm demandado grandes quantidades de farelo, até o momento. Para o óleo de soja, com a queda no valor do subproduto em Chicago, o preço no mercado interno em Mato Grosso recuou 0,64% no comparativo semanal, sendo precificado em média a R$ 3.900,00/t na semana passada.
Por fim, é importante ressaltar que, mesmo com o aumento da mistura do biodiesel ao diesel que se inicia em mar/24, passando para 14,00%, o mercado brasileiro ainda não tem demandado maiores volumes de óleo de soja, principal componente do biodiesel nacional.
Confira os principais destaques do boletim:
- QUEDA: o preço da soja na CME-Group fechou com média de US$ 11,32/bu na semana passada, queda de 1,97% no comparativo semanal.
- DIFERENCIAL DE BASE: com a maior desvalorização da soja na bolsa de Chicago ante os preços de MT, o diferencial de base fechou com média de -R$ 27,52/sc.
- CEPEA: indicador Cepea apresentou retração de 1,89% no comparativo semanal, e ficou na média de R$ 151,51/sc na semana anterior.
Em MT, a colheita da soja para a safra 23/24 avançou 8,21 p.p. na última semana, alcançando 84,66% das áreas finalizadas até sexta-feira, 01/03.
O menor ritmo dos trabalhos a campo em relação às semanas anteriores está atrelado à entrada das lavouras que foram semeadas mais tardiamente, que não foram impactadas com a extrema seca registrada no estado e, consequentemente, na maior parte dos talhões o ciclo da soja não apresentou encurtamento.
Desse modo, o ritmo da colheita em Mato Grosso está 3,46 p.p. atrás do observado no
mesmo período do ano passado, no entanto, 1,14 p.p. acima da média dos últimos cinco anos. Em relação às regiões do estado, o Médio-Norte e o Oeste praticamente concluíram os trabalhos a campo, chegando a 99,18% e 98,02% das áreas finalizadas nas últimas semanas, respectivamente.
Por fim, diante desse cenário, espera-se que o ritmo para as próximas semanas continue diminuindo devido à menor disponibilidade de áreas prontas para serem colhidas em Mato Grosso.
Fonte: IMEA