InícioDestaqueEmater/RS: Lavouras de soja exibem um desenvolvimento favorável

Emater/RS: Lavouras de soja exibem um desenvolvimento favorável

A cultura exibe desenvolvimento favorável no âmbito estadual, com plantas bem desenvolvidas. Até o momento, não foram registrados fenômenos de acamamento, e as folhas basais permanecem intactas.

As lavouras conservaram seu potencial produtivo, apesar da última ocorrência de chuvas generalizadas, no Estado, ter sido em 16/01, ou seja, há em torno de duas semanas. Devido ao escoamento superficial, uma parte considerável do volume precipitado não foi retida no solo, especialmente em áreas com baixa cobertura de palha, nos solos de menor
profundidade e nas topografias onduladas. Nesse contexto, embora não tenha sido formalmente estabelecido um quadro de estiagem, observou-se rápida redução da umidade
do solo.

O aumento das temperaturas está ocasionando maior evapotranspiração, resultando em alguns sintomas de deficiência hídrica nos períodos mais ensolarados; porém, ainda não comprometem a produtividade.

Na Região Oeste do Estado, a presença generalizada de ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) preocupa os produtores de lavouras mais adiantadas, que estão com as entrelinhas fechadas. Estão sendo realizadas aplicações robustas, combinando princípios ativos que atuam em múltiplos sítios metabólicos do fungo, visando aumentar a eficácia do
tratamento e reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência. No entanto, é necessária uma análise criteriosa, pois as constantes quedas na cotação da soja tendem a reduzir a lucratividade, considerando a recorrência nas aplicações e a demanda por fungicidas de maior valor.

Em relação ao monitoramento de insetos, foram encontrados percevejos e lagartas, mas abaixo do nível de controle. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, ainda foram realizadas semeaduras. Na Campanha, alguns produtores realizaram o replantio em virtude das chuvas intensas de 16/01, mas enfrentam problemas causados pelos ataques de pombas em áreas emergentes, prejudicando o estande final das lavouras. Outros produtores consideram desistir do plantio devido à época tardia e à falta de umidade no solo.

O desenvolvimento das áreas varia conforme a quantidade de chuva, e algumas estão com o crescimento em atraso. Em Dom Pedrito, o cenário de atraso no plantio, combinado ao estresse hídrico e ao estande reduzido, indica expectativa de perdas de 10% em relação ao potencial produtivo inicialmente estimado. Na Fronteira Oeste, realizou-se plantio em resteva de milho e, em algumas lavouras em áreas de solo arenoso, já há sintomas de estresse hídrico. No extremo da região, em Uruguaiana e Barra do Quaraí, as lavouras apresentam excelente recuperação no desenvolvimento, após o estresse por excesso de umidade e pela falta de luminosidade em janeiro. O potencial produtivo é animador tanto em áreas irrigadas quanto em áreas de sequeiro.

Na de Caxias do Sul, as lavouras continuam a apresentar desenvolvimento satisfatório, e a expectativa é que a safra atinja níveis de rendimento conforme o planejado inicialmente. Os produtores permanecem atentos à prevenção e ao controle de doenças fúngicas, dado que as condições climáticas locais são altamente propícias para a proliferação desses patógenos.

Na de Erechim, o estágio de desenvolvimento é considerado adequado para o período em razão das precipitações na maior parte da região. Do total plantado, 10% encontram-se em
fase de desenvolvimento vegetativo, 50% em floração e 40% em enchimento de grãos. Os agricultores estão executando práticas de manejo cultural apropriadas para a época, incluindo a aplicação de herbicidas em regiões com plantio tardio e de fungicidas nas demais áreas.

Na de Frederico Westphalen, 30% encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 30% em formação de grãos. O potencial produtivo é considerado muito bom até o momento, notando-se a adequada emissão de ramos laterais e o eficiente manejo realizado, que inclui o controle de plantas invasoras e a aplicação preventiva de fungicidas. A expectativa está na necessidade de chuvas para os próximos dias.

Na de Ijuí, a cultura registra desenvolvimento positivo em todos os municípios da região. Intensificaram-se as práticas de aplicação de fungicidas e inseticidas nas lavouras, seguindo a programação de controle de pragas e doenças. A fitossanidade das plantas é considerada excelente, e há baixa incidência de doenças no final do ciclo e nos sistemas radiculares, além de poucos sintomas de infecção por ferrugem. Observou-se leve aumento
na incidência de pragas, destacando-se lagarta, que afeta as vagens, e percevejo. Os produtores manifestam preocupação com a redução das precipitações.

Na de Passo Fundo, o desenvolvimento é considerado adequado. A cultura está em fase de desenvolvimento vegetativo (20%), floração (50%) e formação de vagens (30%). Na de Pelotas, apesar das precipitações pontuais, os solos mantêm adequado teor de umidade, propiciando o pleno desenvolvimento das lavouras. O estado fitossanitário está satisfatório, assim como o crescimento das plantas. Houve continuidade nos serviços de manejo e no controle de invasoras, de doenças e pragas. As expectativas de produtividade estão dentro da normalidade.

Na de Santa Rosa, o tempo ensolarado propiciou a intensificação das aplicações de herbicidas, visando ao controle de invasoras em pós-emergência. Simultaneamente, ocorreram aplicações de fungicidas e controle de pragas, especialmente de lagarta, ácaro e
percevejo. As lavouras se distribuem nas fases de desenvolvimento vegetativo (30%), de florescimento (60%) e de enchimento de grãos (10%).

Na de Soledade, as condições climáticas foram favoráveis e promoveram ganho diário de porte. As lavouras apresentam aspecto verde característico, com o fechamento do dossel vegetativo. A maioria da área está em estágio reprodutivo: 45% em florescimento e 10% em enchimento de grãos. Em áreas com semeadura tardia, houve controle de plantas invasoras pós-emergência; nas demais, o manejo está concluído. Foi intensificado o controle da ferrugem-asiática devido a condições ideais de infecção.

Programa Monitora Ferrugem RS

Laudo da presença de esporos da ferrugem asiática

O laudo apresenta os resultados do monitoramento de esporos da ferrugem-asiática da soja, fungo Phakopsora pachyrhizi, em Unidades de Referência no Estado do Rio Grande do Sul.

A ocorrência de esporos é apresentada na Figura 1.

Considerando a significativa ocorrência da ferrugem-asiática nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul, é aconselhável que os agricultores façam uso do mapa para se orientarem a respeito da aplicação de fungicidas em áreas onde a doença ainda não foi detectada.

É fundamental que os agricultores, ao identificarem a presença da doença em suas lavouras, adotem uma abordagem criteriosa, seguindo estritamente os calendários de aplicação estabelecidos, desconsiderando a presença ou ausência de esporos.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,37%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 117,46 para R$ 114,68.

Fonte: Emater/RS



 

Equipe Mais Soja
Equipe Mais Soja
A equipe editorial do portal Mais Soja é formada por profissionais do Agronegócio que se dedicam diariamente a buscar as melhores informações e em gerar conteúdo técnico profissional de qualidade.
Artigos relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Populares