A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

Com a ocorrência de chuvas em 19/09, houve a reposição de umidade nos solos, e foi possível dar continuidade à semeadura, que havia sido suspensa em parte do Estado. O índice de implantação alcançou 56% da área prevista. Além disso, com o aumento no teor de umidade nos solos, houve a retomada da germinação e da emergência de plantas, uniformizando o estande das lavouras.

Quanto ao aspecto fitossanitário, a presença de pragas, como cigarrinha e pulgões, fez com que houvesse a necessidade de monitoramento e de controle em situações de maior ocorrência.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o plantio alcançou 60%, concentrado na Fronteira Oeste, onde tradicionalmente essa etapa é realizada na primeira época indicada no Zoneamento Agrícola, ou seja, nos meses de agosto e setembro. Os municípios com áreas mais expressivas, como São Borja, Alegrete e Maçambará, já concluíram o plantio, e Manoel Viana tem 90% das lavouras estabelecidas.

As chuvas registradas beneficiaram diretamente as lavouras em fase inicial de desenvolvimento, as quais já apresentavam leves sintomas de estresse hídrico. Houve também a retomada de aplicações de herbicidas e fertilizantes nitrogenados em condições ambientais adequadas.

Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou de forma lenta em razão das frequentes frentes frias que atingiram a região durante setembro, mantendo a temperatura abaixo do ideal e com risco de formação de geadas. Mesmo assim, cerca de 20% da área prevista já foi semeada, e os produtores aguardam a elevação das temperaturas para intensificá-la.

Na regional de Erechim, 90% dos cultivos foram implantados, contudo o desenvolvimento inicial é lento, prejudicado pela manutenção de temperaturas baixas.

Na de Frederico Westphalen, 80% da cultura foi semeada. Observou-se que, em muitas lavouras, houve dificuldade no controle de plantas invasoras e a presença de buva em estádios mais avançados de desenvolvimento, indicando a ineficiência no manejo pré-plantio. Parte dos agricultores aguardam a ocorrência de chuvas mais volumosas para a aplicação de herbicidas pós-emergentes e para realizar a adubação nitrogenada em cobertura.

A ocorrência das cigarrinhas está generalizada na região, com mais intensidade nas encostas do Rio Uruguai, onde, em função do microclima, é comum a presença de plantas voluntárias de milho durante o inverno, mantendo a praga e formando uma ponte verde entre safras de diferentes anos. A infestação condicionou a intensificação do controle químico e biológico, que necessitou em média de 3 a 5 aplicações para ser eficaz.

Na de Ijuí, a semeadura alcançou 90% da área cultivada para grãos, mas deverá ser interrompida. Novos plantios só serão realizados nos meses de dezembro e janeiro, dentro da estratégia de escalonamento de produção. As lavouras com plantas já emergidas apresentaram desenvolvimento mais lento devido às temperaturas baixas, mas a formação de geadas não provocou danos.

Na regional de Pelotas, a semeadura alcançou apenas 3% e foi efetuada somente em regiões com menor risco de ocorrência de temperaturas negativas. Na de Santa Maria, a semeadura atinge 30% das lavouras; e, na de Passo Fundo, 70%.

Na de Santa Rosa, o plantio da safra foi concluído com aproximadamente 80% da área cultivada no biênio 2021-2023. Os 20% restantes serão destinados para o cultivo em safrinha. A incidência de cigarrinha reduziu significativamente, resultado de dois fatores. O primeiro foi a grande mobilização de controle com inseticidas biológicos e químicos. O segundo, a queda nas temperaturas, que reduziram a reprodução desses insetos.

Na de Soledade, aproximadamente 55% da área cultivada com milho é semeada no cedo, do mês de agosto a meados de outubro. Desse cultivo, aproximadamente 65% foram implantados, e as lavouras têm um bom estande de plantas e desenvolvimento vegetativo adequado. Em lavouras localizadas em baixas altitudes, os agricultores realizam adubações nitrogenadas em cobertura e controle de plantas invasoras, com herbicidas pós-emergentes.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio cresceu +0,21%, passando de R$ 83,82 para R$ 84,00. O produto disponível em Cruz Alta permanece em R$ 90,00.

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1730 – Emater/RS



 

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