A Embrapa Trigo tem recebido diversas demandas do setor produtivo com relação a sintomas como deformações e marcas avermelhadas em plântulas de trigo, especialmente em semeaduras recentes, com menos de 30 dias.

A partir das amostras e imagens recebidas, de diversas lavouras comerciais de trigo do Rio Grande do Sul, a equipe de pesquisa e transferência de tecnologia da Embrapa Trigo constatou que, na maioria dos casos, o problema mais frequente está relacionado à fitotoxicidade de herbicidas inibidores da ACCase aplicados na dessecação pré-semeadura da cultura do trigo.

Saiba mais detalhes na nota técnica:


FITOTOXICIDADE DE HERBICIDAS INIBIDORES DA ACCase APLICADOS NA DESSECAÇÃO PRÉSEMEADURA DA CULTURA DO TRIGO

A Embrapa Trigo tem recebido diversas demandas do setor produtivo com relação a sintomas como deformações e marcas avermelhadas em plântulas de trigo, especialmente em semeaduras recentes, com menos de 30 dias.

A partir das amostras e imagens recebidas, de diversas lavouras comerciais de trigo do Rio Grande do Sul, a equipe de pesquisa e transferência de tecnologia da Embrapa Trigo constatou que, na maioria dos casos, o problema mais frequente está relacionado à fitotoxicidade de herbicidas inibidores da ACCase aplicados na dessecação pré-semeadura da cultura do trigo.

Com a retirada do herbicida Paraquat do mercado, os produtores têm utilizado herbicidas inibidores da enzima ACCase (Acetyl-CoA carboxylase), tais como Clethodim, Tepraloxydim, Sethoxydim, Haloxyfop, Fluazifop e Quizalofop, para controle do azevém na dessecação pré-semeadura do trigo e de outros cereais de inverno. Ocorre que esses herbicidas, apesar de serem indicados como pós-emergentes, apresentam residual no solo capaz de afetar espécies gramíneas cultivadas em sequência a aplicação.

O residual é variável com a dose do herbicida, textura do solo, teor de matéria orgânica, umidade, temperatura entre outros fatores climáticos e ambientais. Estudos realizados pela Embrapa e outros órgãos de pesquisa indicam que para evitar o problema os produtores devem aguardar período suficiente para dissipação/degradação do produto no solo. O tempo necessário para que ocorra a degradação desses herbicidas no solo é, em média, 7 dias para os herbicidas “dims” como exemplo o Clethodim, e de 14 dias para os herbicidas “fops” como exemplo Haloxyfop. Nesse período, também é desejável a  ocorrência de chuva com volume acima de 15 mm para favorecer a dissipação e degradação desses herbicidas.

Com isso, recomenda-se aos produtores que aguardem o período, entre a aplicação e a semeadura de cereais de inverno, de 7 dias para os herbicidas “dims” e de 14 dias para os herbicidas “fops”, além de observar a previsão climática para o período pré e pós aplicação.

Passo Fundo, RS, 06 de julho de 2021.
Embrapa Trigo

Confira a nota técnica na íntegra, clicando aqui.

Figuras com sintomas em lavouras comerciais de trigo no Rio Grande do Sul.



Fonte: Embrapa Trigo

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