Com grãos que possuem até 46% de óleo em sua composição e farelo com até 38% de proteínas, a canola (Brassica napus) pode ser considerada uma interessante alternativa para a diversificação de culturas e geração de renda durante o período de inverno, nos sistemas de rotação de culturas, especialmente no Sul do Brasil, onde as condições climáticas favorecem o desenvolvimento da cultura (Tomm, 2003).

A cultura apresenta aptidão e características que a tornam interessante para inserção no sistema de produção de grãos, em rotação de culturas. Além de proporcionar retorno econômico durante o período de inverno, a canola contribui indiretamente para o manejo de pragas e plantas daninhas na cultura da soja, pela redução dos fluxos de emergência de plantas daninhas em virtude do sombreamento do solo pelo dossel da cultura e também pela “quebra” do ciclo de desenvolvimento de algumas pragas.

Para a safra 2022, segundo levantamento realizado pela Emater, as perspectivas indicam produção superior a 90 mil toneladas e área cultivada de aproximadamente 48.457 hectares. Embora com produtividade relativamente inferior a demais culturas agrícolas produtoras de grãos como aveia e trigo, a canola se destaca pela qualidade dos grãos produzidos, em especial pelo teor de óleo e qualidade desse óleo.  A produtividade média da cultura na safra passada foi de 1.447 kg ha-1, já para a safra 2022, as projeções indicam produtividade média de aproximadamente 1.885 kg ha-1, ou seja, variação positiva de 30,28%.

Figura 1. Estimativa da safra de inverno 2022, no RS – Canola.

Fonte: Emater/RS (2022)

Entretanto, cabe destacar que assim como as demais culturas agrícolas a canola apresenta algumas características e particularidades que determinam algumas práticas de manejo para evitar perdas produtivas e alcançar altas produtividades. A exemplo, temos o manejo da adubação da cultura, em especial do nitrogênio (N), o qual segundo Tomm (2003) deve ser aplicado em cobertura quando as plantas estiverem com 4 (quatro) folhas verdadeiras (as que crescem após as 2 folhas cotiledonares), evitando aplicações tardias. De modo geral a dose de nitrogênio aplicado em cobertura na cultura varia de 40 a 60 kg ha-1, entretanto, essa dose pode ser ajustada em função do teor de matéria orgânica do solo, expectativa de produtividade e teor de N do fertilizante.

A Cultura apresenta alta suscetibilidade a determinados patógenos, em especial ao fungo causador da canela-preta (Leptosphaeria maculans), assim como a fenômenos climáticos como a geada em determinados períodos do seu desenvolvimento. A colheita da canola também exige determinados manejos para evitar perdas produtivas e garantir a qualidade dos grãos produzidos.

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Referências:

EMATER/RS. ESTIMATIVA INICIAL DA SAFRA DE INVERNO 2022. Emater, RS, 2022. Disponível em: < http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/safra/safraTabela_07062022.pdf >, acesso em: 06/07/2022.

TOMM, G. O. MANUAL PARA CULTIVO DE CANOLA. Embrapa, 2003. Disponível em: < https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/850380/manual-para-cultivo-de-canola >, acesso em: 06/07/2022.

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