Os fungicidas, são defensivos agrícolas necessários para a manutenção e obtenção de altas produtividades de soja, reduzindo o impacto negativo de patógenos causadores de doenças que incidem sobre a cultura e causam redução da produtividade e qualidade dos grãos ou sementes produzidas.
Em virtude da alta pressão de inóculo de doenças em lavouras de soja, é comum observar a necessidade de se realizar aplicações sequenciais de fungicidas, visando proporcionar condições sanitárias adequadas para o bom crescimento e desenvolvimento da soja, reduzindo a incidência de doenças. Além disso, algumas doenças fungicidas mais agressivas necessitam ser tratadas de forma preventiva e não curativa, fato que justifica ainda mais a necessidade de se realizar aplicações sequenciais de fungicidas.
Entretanto, cabe destacar que alguns fungicidas apresentam algumas características e particularidades, que além de tornar necessário o adequado posicionamento dos produtos, necessitam de condições ambientais adequadas durante a aplicação dos produtos. Além disso, a forma como a planta de soja metaboliza e transloca o fungicida pode afetar sua capacidade de causar danos a ela (fitotoxicidade), dependendo das condições ambientais presentes.
Normalmente, temperatura e umidade são alguns dos fatores que mais contribuem para a ocorrência de fitotoxicidade em soja, causada pela aplicação de fungicidas. O sintoma mais típico da ocorrência de fitotoxicidade de fungicidas e herbicidas em soja é a ocorrência da “queima” do limbo foliar nas áreas entre nervuras (Figura 1).
Figura 1. Sintomas típicos da ocorrência de fitotoxicidade de fungicidas em soja.

Por que a fitotoxicidade é agravada por períodos de estiagem?
Como a transpiração e absorção de água são alguns dos processos que governam a translocação de solutos no interior da planta, em condições de baixa disponibilidade hídrica, o efeito fitotóxico causado por fungicidas se agrava na cultura da soja. O movimento interno dos fungicidas acompanha o fluxo da água, que a planta absorve do solo pelas raízes e transpira através das folhas; logo, quando há pouca água no solo, o produto fica concentrado nos locais de aplicação e a fitotoxicidade aumenta (Forcelini et al.,).
Além disso, algumas combinações de fungicidas, assim como a sequência de produtos aplicados e o uso de óleo mineral podem implicar em maior severidade dos casos de ocorrência de fitotoxicidade em soja.
Veja mais: Fitotoxidade – como ela surge e quais as estratégias para evitar
Confira abaixo as dicas do Professor e Pesquisador Marcelo Madalosso.
Inscreva-se agora no canal do Madalosso clicando aqui!
Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (Site, Facebook, Instagram, Linkedin, Canal no YouTube)
Referências:
FORCELINI, C. A. et al. FITOTOXICIDADE DE FUNGICIDAS EM PLANTAS. Revista Plantio Direto, ed. 139. Disponível em: < https://www.plantiodireto.com.br/storage/files/139/2.pdf >, acesso em: 08/03/2022.
ROSEGHINI, L. A. P. FITOTOXIDEZ POR FUNGICIDAS EM SOJA. Universidade Federal da Grande Dourados, Trabalho de Conclusão de Curso, 2016. Disponível em: < https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/prefix/3976/1/LuizAntonioPortugalRoseghini.pdf >, acesso em: 08/03/2022.