Segundo o USDA, a Argentina é o 5º maior produtor de milho no mundo e junto ao Paraguai os maiores exportadores do cereal para o Brasil, sendo assim, é importante observar a safra do cereal na Argentina.
Tendo isto em vista, o Imea acompanhou o relatório de semeadura e condições de lavoura no país, divulgado pela Bolsa da Argentina na última quinta-feira (21/10). De acordo com a divulgação, a semeadura avançou 3,10 p.p. ante a semana passada e atingiu 26,30% dos 7,10 milhões de hectares esperado para o cultivo do grão.
No entanto mesmo com o avanço, segundo o relatório, a maior parte das áreas ainda aguardam maiores índices pluviométricos para intensificar os trabalhos a campo.
Além disso, o país pode sofrer com o La Niña, o que poderia diminuir os volumes de chuva para o ciclo e comprometer a produção, podendo afetar a balança de oferta e demanda mundial.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- PREÇO ESTÁVEL: o preço médio do milho disponível em MT apresentou um leve reajuste de 0,81% em relação à semana passada, ficando cotado na média de R$ 72,35/sc.
- SUBINDO: as cotações do cereal na CMEGroup corrente apresentaram elevação de 2,41% em relação a semana passada, ficando na média de US$ 5,35/bu.
- QUEDA: a diferença entre as cotações do indicador Imea e CME-Group se distanciaram. Sendo assim, o diferencial de base caiu 53,08% ante a semana passada.
Investimento no aumento da capacidade produtiva das usinas de etanol a base de milho no estado impulsionam a demanda pelo cereal.
Segundo a Única, a produção de etanol de milho no centro-sul do país para a safra 20/21 ficou estimada em 2,56 mi de m³, sendo MT responsável por 85,25% do total (2,19 mi de m³). Para o ciclo 21/22, a Única divulgou a 6º alta consecutiva na produção do etanol de milho na mesma região, no comparativo quinzenal.
Além disso, a produção de set.21 ficou 41,74% acima do mesmo período de 2020. Cabe ressaltar que a capacidade produtiva de etanol de milho no país segue numa crescente, principalmente no Centro-Oeste, que têm MT como o pioneiro e principal produtor brasileiro.
Com isso, apesar da menor produção de milho na safra 20/21, houve um acréscimo na destinação do cereal para a produção do etanol ante o ciclo 19/20 em MT.
Assim, com os investimentos em ampliação das indústrias e em novas plantas, o Imea estima que 7,73 mi de t serão destinadas ao etanol na safra 21/22.
Fonte: IMEA