o Imea divulgou novos dados de comercialização referentes a setembro. Para a safra 19/20, as negociações, que já estavam bem avançadas no último mês, alcançaram 99,30% do volume produzido. Com a pouca oferta de soja disponível, o preço médio comercializado em set.20 fechou em R$ 137,34/sc, acréscimo de 18,39% ante o mês anterior.

Já para a safra 20/21, os preços atrativos incentivaram os negócios. Para se ter uma ideia, a média de preço comercializado ficou em R$ 110,23/sc, valor 10,56% acima do preço de ago.20, o que levou a safra que está sendo semeada a atingir 60,40% da comercialização.

Para a safra 21/22, as relações de troca – até o momento – estão melhores que para as safras anteriores, influenciadas, em grande parte, pelos favoráveis preços da soja. Com isso, os níveis de comercialização atingiram 6,21%, com o preço médio em set.20 de R$ 100,60/sc, grande parte negociada por meio de barter.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Seguindo Chicago, os preços da soja disponível em Mato Grosso valorizaram nos últimos dias. A cotação média semanal ficou em R$ 153,05/sc, aumento de 2,83% ante a semana passada.

• O preço de paridade exportação acompanhou os preços em Chicago, ficando cotado em média a R$ 116,11/sc, valorização de 1,69% em relação à semana passada.



• A alta dos subprodutos da soja na CME Group, juntamente com a pouca disponibilidade de matéria-prima, fez com que a margem de esmagamento (Soja/farelo e óleo) se elevasse 42,34% na semana.

• Como a maior parte dos compromissos de exportação já ocorreram, os níveis de escoamento de setembro reduziram 46,43% ante o mês de agosto, atingindo 0,32 milhão de toneladas.

Passos lentos:

Devido à falta de chuvas, a semeadura da soja em MT atingiu 3,02% de sua área prevista para a safra 20/21, valor 13,59 p.p. menor que a média de cinco anos. Este atraso é o segundo maior visto na série histórica do Imea, ficando atrás apenas da safra 10/11. Até sexta-feira, a região oeste – maior produtora de algodão segunda safra – era a mais adiantada, com 13,79% da área semeada.

Contudo, em algumas lavouras será necessário fazer a ressemeadura, pois o baixo volume de chuvas registrado desde as primeiras “semeaduras no pó” não foi o suficiente para garantir a germinação e emergência de forma favorável.

Com este panorama de atraso de cultivo, os players já estão precificando a possível demora na entrada da soja no mercado. Como há pouca soja disponível neste momento, a colheita tardia pode afetar os preços internos, além de poder favorecer a demanda externa pela oleaginosa norteamericana em vez da brasileira no início do próximo ano.

Fonte: Imea

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