O Imea divulgou o custo de produção do algodão em MT para a safra 19/20, apresentando mais um alta nas despesas no campo em maio. Sendo assim, a nova estimativa aumentou 1,45% para custo variável e 1,42% para o custo operacional comparado ao mês anterior, dessa forma os custos ficaram previsto em R$ 8.955,67/ha e R$ 9.146,80/ha, respectivamente.

Esse acréscimo nos gastos foi pautado pela elevação do dólar, resultado de tensões políticas brasileiras ligado a reforma da previdência, refletindo nos insumos que são cotados em dólar, com maior impacto nos preços dos defensivos agrícolas e sementes de algodão.

Neste cenario, para que o produtor consiga cobrir seus custos é essencial que negocie sua pluma a um preço médio de R$78,77 @/ha. Com isso, é necessário que o produtor continue atento ao planejamento dos seus custos, visando uma maior otimização dos gastos com sua lavoura e proporcionar uma maior margem de rentabilidade.

Confira os principais destaques do boletim:

• Em queda pela segunda semana consecutiva o preço Imea–MT encerra a semana com variação negativa de 1,43%, cotado a uma média de R$ 86,56/@.

• Diante do declínio nas cotações da ICE, as paridades de exportações encerraram em baixa de 3,77% e 2,36%, ficando cotadas à média semanal de R$ 82,54/@ e R$ 84,36/@ para os contratos jul/19 e dez/19, respectivamente.



• Em decorrência da melhora nas expectativas da reforma da previdência, a moeda norte-americana continuou sua trajetória em queda de 0,34% nesta semana e cotada a um valor semanal de R$ 3,87/US$.

• Com desvalorização de 3,51%, 1,16% e 0,44%, para o caroço, torta e óleo, os subprodutos de algodão em MT finalizaram a semana cotados a um preço médio de R$ 390,28/t, R$ 486,33/t e R$ 2.036,47/t, respectivamente.

PRODUÇÃO MUNDIAL:

O USDA publicou a oferta e demanda do algodão referente à safra 19/20. O Departamento
trouxe revisão para os principais produtores da fibra no mundo. Neste sentido, está prevista uma produção mundial de 27,29 milhões de toneladas da fibra, o que representa 5,45% a mais que a safra 18/19.

Este aumento na oferta se deve ao crescimento previsto para os grandes produtores, principalmente para os EUA e a Índia. Por outro lado, os dados ainda não estão consolidados, visto que o país norteamericano tem tido problemas climáticos em 2019, o que vem refletindo em atraso na semeadura no país.

No que tange ao Brasil, a estimativa quanto à produção caiu 6,45% em relação à safra 18/19, ficando considerada em 2,61 milhões de toneladas. Contudo, é muito cedo para definir um cenário para a safra brasileira, tendo em vista que muitos fatores, como clima e preço, podem influenciar positiva ou negativamente na intenção de cultivo do cotonicultor.

Fonte: Imea

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