A utilização da Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN) na soja promove uma economia estimada em 12 bilhões de dólares por ano no Brasil. A tecnologia representa um dos pilares de sustentabilidade do sistema de produção de soja no Brasil e resulta em um grande benefício para o produtor e para o meio ambiente, por dispensar o uso de fertilizantes nitrogenados na cultura. Além da soja, as gramíneas também vêm se beneficiando pela ação positiva de bactérias fixadoras de nitrogênio e promotoras do crescimento.

Segundo o pesquisador Marco Antonio Nogueira, da Embrapa Soja, a tecnologia nem sempre é adotada pelos produtores, por isso, é preciso enfatizar os resultados positivos da tecnologia. “Nossos resultados mostram que o ganho médio da inoculação anual da soja com Bradyrhizobium em áreas tradicionais de cultivo é de 8%, ou seja, um grande retorno frente ao baixo custo da dose do inoculante”, diz Nogueira.

Além dos resultados positivos da inoculação anual, a Embrapa passou a preconizar, a partir de 2013, o uso de uma segunda bactéria para a inoculação da soja, juntamente com o Bradyrhizobium, no processo denominado de coinoculação. Essa bactéria, pertencente ao gênero Azospirillum, já era recomendada para as culturas de milho e de trigo. “Diferentemente do Bradyrhizobium, o Azospirillum atua por meio da síntese de fitormônios que promovem o crescimento vegetal, principalmente o sistema radicular, o que favorece a nodulação e a FBN realizada pelo Bradyrhizobium”, ressalta Nogueira. “Ensaios de campo mostram que, com a coinoculação houve um incremento médio de 16% no rendimento da soja, em relação às áreas não inoculadas”, reforça o pesquisador. “Incrementos obtidos com baixo custo e sem impactos ambientais”, diz.

Inovação desenvolvida pela Embrapa Soja, em parceria com a empresa Total Biotecnologia, promove o incremento na produção de biomassa e no conteúdo de proteína do capim-braquiária. A tecnologia consiste na inoculação do capim com Azototal, primeiro produto comercial com registro para braquiárias. Trata-se de um inoculante que contém estirpes selecionadas da bactéria Azospirillum brasilense. “Com a inoculação, as forrageiras dispõem de 25% a mais de proteína, o que irá melhorar a qualidade nutricional da alimentação dos animais”, relatam os pesquisadores da Embrapa Mariangela Hungria e Marco Antonio Nogueira, que participaram do desenvolvimento da tecnologia.



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Fonte: Embrapa

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