Com a queda de 0,44% do dólar e a queda de 0,52% em Chicago os preços de exportação continuaram acomodados, nesta sexta-feira, mas os grandes compradores internos continuaram ativos, temerosos de ficarem com pouca disponibilidade e preços mais elevados daqui para frente, porque todas as notícias do mercado falam em aperto no início do próximo ano. Os preços do mercado físico já subiram 1,10% nos últimos 2 meses. Em Campinas (SP), mercado de grãos encerra a semana de maneira calma.
Nos últimos dias, as especulações de alta perderam força após a desvalorização intensa do Dólar frente ao real. As indicações de porto, que subiam de maneira consecutiva e puxam os preços no mercado local, inclusive, voltaram a apresentar queda. Hoje (4/10), elas estão em torno de R$ 40,00/sc, recuo de R$ 0,50/sc no dia. Importante ressaltar que o fluxo de comercialização é praticamente nulo e as negociações se arrastam, visto que nem compradores e nem vendedores possuem necessidade imediata para concretizar negócios.
As expectativas, agora, estão no Relatório Mensal de Oferta e Demanda do USDA que será divulgado na próxima quinta-feira (10/10) às 13:00h. A amostra da XP Investimentos tem média de R$ 39,27/sc, valorização de R$ 0,19/sc no dia. Dado início do plantio em praticamente todo o Centro-Oeste, especulações envolvendo clima e chuvas continuam na agenda. Com isto, a pesquisa diária do Cepea registrou nova alta de 0,60%, para R$ 39,97/saca, contra R$ 39,73/saca do dia anterior, nos preços médios pagos em Campinas, principal referência para o mercado de milho no país.
Desta forma, os ganhos do milho em outubro atingem 3,22% (equivalente a mais de seis vezes e meia a poupança de um mês). No mercado físico do Paraná o milho fechou a R$ 36,50 no Oeste, R$ 36,00 no Norte do estado (onde foram negociadas 10.000 tons no mercado interno), R$ 37,00/saca, posto fábricas, em Ponta Grossa, R$ 38,00 futuro e R$ 40,50 (39,00 anterior)/saca no porto, nesta sextafeira. No Rio Grande do Sul o milho continuou hoje a R$ 39,00 no disponível FOB, chegando nas fábricas entre R$ 40,00/41,00/saca.
No porto o preço também era R$ 39,00, só que para pagamento em janeiro, o que desestimula a venda para exportação. Os volumes de Farmers Selling de milho registrados nos estados de MS, MT e GO nesta semana foram de 353,2 mil tons para a safra 2019, cerca de 85% para o mercado interno e 15% para exportação e 94,0 mil toneladas para a safra 2020, a maioria para o mercado interno. Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 34,44 (34,73 do dia anterior) para dezembro, R$ 35,72 (36,00) para março e R$ 32,94 (33,76) para maio de 2020.
Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 30,66 (R$ 30,91 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 34,08 (34,36) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 33,59 (33,86) /saca. O milho argentino a R$ 52,13 (52,50) e o americano a R$ 58,77 (59,54) no oeste de SC. Com relação aos preços dos principais consumidores de milho, os preços do frango resfriado para o consumidor em São Paulo fecharam inalterados, mantendo os ganhos do mês em 2,0%. Os preços dos suínos no Paraná fecharam em alta de 0,22%, elevando o acumulado do mês para 2,03%. Os preços do boi gordo em São Paulo fecharam em queda de 0,47%, aumentando as perdas de outubro para 1,63%.
Fonte: T&F Agroeconômica