FECHAMENTOS DO DIA 18/10: A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,61 % ou $ 3,00 cents/bushel a $ 492,00. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,55 % ou $ 2,75 cents/bushel a $ 506,50.
CAUSAS DA BAIXA: O milho negociado em Chicago fechou em alta nessa quarta-feira. Assim como na soja, o clima no Brasil e na Argentina ditaram o tom altista do dia. Apesar de menor, o atraso no plantio de milho no Brasil pode aumentar com as condições chuvosas no sul e secas no centro e norte. Caso a lentidão perdure, existe a possibilidade de redução de área, principalmente para a segunda safra. A seca na Argentina também é um fator de atenção. Os dados de aumento na produção de etanol e redução de estoques nos EUA foram outro fator de alta nessa quarta.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-ETANOL: A EIA mostrou que os produtores de etanol produziram em média 1,035 milhões de barris de etanol por dia durante a semana que terminou em 13/10. Esse foi o nível, mais alto em 6 semanas e foi a 4ª semana consecutiva de +1 milhão de bpd. Os estoques de etanol diminuíram em 414 mil barris, para 21,112 milhões.
BRADESCO-PIB AGRO DEVE TER CRESCIMENTO MENOR EM 2024, DE 3,3%, COM EL NIÑO E QUEDA NA PRODUÇÃO DE GRÃOS: A produção agropecuária brasileira deve ter um recuo em 2024, previu o Bradesco em relatório. Segundo o banco, após forte expansão de 14,1% em 2023, a previsão é de uma alta de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no próximo ano. A análise leva em conta fatores como uma alta de 1,5% da produção agrícola e pecuária e os efeitos do fenômeno climático El Niño, com seca no Norte e Nordeste e chuvas no Sul, além do aumento da temperatura em todo o Brasil, disse a analista Priscila Trigo no comunicado.
DADOS DA CONAB: O banco também repercutiu o 1º levantamento de grãos da safra 2023/24 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que trouxe uma queda de 1,5% na produção, baixa menor do que o Bradesco previa. Com a estimativa da Conab, a previsão para o PIB agro da instituição financeira passaria para 2,5%. Porém, “a abertura dos números ameniza as perdas, uma vez que o incremento da produção de soja, principal produto agrícola, alivia as estimativas para PIB da agropecuária e principalmente para as exportações”, considerou a analista, levando em conta o crescimento previsto de 4,8% para a oleaginosa. Como resultado dos fatores climáticos, a produção de grãos deverá crescer no Sul e em menor intensidade no Norte, enquanto as demais regiões apresentarão queda de safra.
QUEDA PODE SER MAIOR: Em contrapartida, caso ocorra um super El Niño, como o de 2015/16, a produção de grãos pode ter uma queda mais brusca, com queda de cerca de 10%, o que acarretaria em um PIB agropecuário negativo e queda no volume exportado de grãos. “Os modelos sugerem um El Niño de intensidade forte, no limiar do ‘superforte’, ou seja, com temperaturas do Pacífico superando dois graus da normalidade. Isso significa que o risco de um super El Niño segue presente, ainda que não seja majoritário”, alertou a analista.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3 fecha de forma mista com alta de Chicago e dólar, mas vendas ainda tímidas.
CAUSAS DO MIX: Os contratos de milho na BMF fecharam de forma mista nesta quarta-feira. A B3 esboçou uma reação positiva para algumas datas como março24, mas ainda fechou em baixa para as datas mais próximas. As vendas pontuais no interior, estimuladas pela alta do dólar e das cotações de Chicago, ainda não chegaram nas mesas dos operadores da BMF. Os preços estão chegando em um meio termo entre os valores pedidos pelos produtores e os oferecidos pela industria ou exportadores. Caso o volume se mantenha, e as condições externas sejam favoráveis, é possível uma leve reação do milho na B3.
OS FECHAMENTOS DO DIA 18/10: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento de novembro/23 foi de R$ 60,46, baixa de R$ -0,09 no dia, baixa de R$ -0,89 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 64,32 baixa de R$ -0,16 no dia, baixa de R$ -0,88 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 67,71, alta de R$ 0,12 no dia e baixa de R$ -1,20 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica