FECHAMENTOS DO DIA 01/08: A cotação para setembro23, referência para a nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,39 % ou $ -7,00 cents/bushel a $ 497,00. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -1,31 % ou $ – 5,75 cents/bushel a $ 507,25.
CAUSAS DA BAIXA: O milho negociado em Chicago fechou em baixa pela sexta sessão consecutiva. Os fatores baixistas não alteraram e continuam exercendo uma pressão superior aos poucos fatores altistas que apareceram. O clima mais favorável para as lavouras no cinturão do milho/soja nos EUA, o avanço da grande safra brasileira e a adesão do produtor argentino ao programa de incentivo a exportação estão do lado baixista. Para o lado altista, apenas a piora na qualidade das lavouras americanas se apresentou. O USDA indicou uma queda para 55% das plantações de milho estavam em boas ou excelentes condições, enquanto o mercado esperava 56%. Nessa queda de braço, o grão fechou em uma baixa moderada.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
CONAB-LEILÃO DE MILHO: Há quatro meses à frente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o presidente Edegar Pretto refuta a ideia de que a retomada da política de formação de estoques reguladores de grãos pelo governo seja intervenção no mercado. “Não trabalhamos com política de intervenção. Estamos falando de estoques públicos pelo menos para atender o mercado interno para garantir que o povo brasileiro se alimente na quantidade e com a qualidade necessárias”, disse Pretto ao Broadcast Agro, em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a estatal. A formação de estoques foi retomada com milho, mas pode ser ampliada ainda neste ano para outros produtos, como arroz e trigo, a depender da decisão do governo, acrescentou. Começamos pelo milho porque teremos uma supersafra de milho no Brasil, em torno de 127 milhões de toneladas que serão colhidas. Há seis Estados em que o milho está sendo comercializado abaixo do preço mínimo, que cobre o custo de produção.
PARANÁ-COLHEITA DA SAFRINHA ATINGE 17%: A colheita das lavouras de milho segunda safra no Paraná atingia ontem (31) 17% da área no Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado. Na semana anterior, até dia 24, 11% da área estava colhida. Das lavouras ainda a colher, 83% têm condições boas, 15% médias e 2% ruins, mesmos porcentuais da semana anterior. Conforme o Deral, 81% das lavouras estão em maturação e 19% em frutificação.
BRASIL-COLHEITA DE MILHO ATINGE 54,7%, UM POUCO ATRASADA: A colheita da segunda safra brasileira de milho 2022/23 atingia no sábado (29) 54,7% da área estimada no País, avanço de 6,8 pontos porcentuais na semana, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal de progresso de safra. Há atraso ante a temporada anterior, quando 71,1% das lavouras estavam colhidas. O Estado do Tocantins tem trabalhos mais adiantados, com 85% do total, enquanto São Paulo retirou apenas 5% do cereal do campo. Segundo a estatal, 99,1% da área plantada com milho da primeira safra 2022/23 (verão) foi colhida, avanço semanal de 0,6 ponto porcentual. A colheita está levemente atrasada na comparação anual ante os 99,4% de igual período da temporada 2021/22. Maranhão e Piauí são os únicos Estados que ainda não concluíram a colheita, com 94% e 96% da área colhida, respectivamente.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fechou com leve alta, amparado na alta do dólar, mas disponibilidade interna ficou maior.
CAUSAS DA ALTA: As cotações do milho na B3 de São Paulo fecharam o dia em leve alta de 0,40%, amparado na forte alta do dólar (de 1,27%). Mas, o fato importante é que o relatório sobre as exportações do mês ficou 33,02% abaixo da média necessária para se atingir os objetivos da Conab, sinalizando aumento na disponibilidade interna, o que pode levar à pressão sobre os preços do mercado físico e futuro a curto prazo.
OS FECHAMENTOS DO DIA 01/08: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento setembro/23 fechou a R$ 55,57, alta de R$ 0,22 no dia e baixa de R$ -1,80 na semana; o vencimento de novembro/23 foi de R$ 59,21, alta de R$ 0,16 no dia, baixa de R$ -2,18 na semana; janeiro/23 fechou a R$ 63,01, alta de R$ 0,34 no dia e baixa de R$ – 2,12 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica