RIO GRANDE DO SUL: Com 62% já está plantado, produtores preocupam-se com cigarrinha
O boletim desta semana da Emater/RS ressaltou sobre a importância do manejo correto da cultura, principalmente em vista dos problemas com cigarrinha do ano passado. Para o órgão, esse é um dos principais aspectos levados em consideração nesse início de safra. A entidade também destacou que, no momento, 62% do previsto já está plantado
e tudo vai indo bem até então para o milho verão.
Ritmo lento nos negócios, onde sabe-se que há menos de um milhão de toneladas a serem comercializadas. Com o produtor capitalizado, pouquíssimos lotes se veem à disposição, em preços que não baixam de R$ 95,00 a saca. Indicações a R$ R$ 90,00 CIF Marau, R$ 91,00 CIF Arroio do Meio, e R$ 90,00 Ijuí. Para safra nova em janeiro, porto indicou R$ 85,50 sobre rodas e indústria R$ 88,50 CIF Arroio do Meio para janeiro. Preços de pedra mantiveram-se em R$ 84,00 Panambi.
SANTA CATARINA: Diferença entre intenções diminui, mas ainda pode chegar a R$ 3.00 por saca
A briga permanece em Santa Catarina e os lados não cedem muito em relação aos preços. Os motivos são plausíveis para ambos, em que produtor está capitalizado, e com foco no plantio; e compradores estão abastecidos, tentando melhores médias em um ano bastante desafiador nos preços.
Tomares no sul do Estado tentavam compras hoje a R$ 91,60 mais impostos, com vendedores a R$ 94,40 mais ICMS. Indicações no oeste a R$ 90,00 para uma entrega dezembro. Não houve relato de negócios.
PARANÁ: Com 75% das lavouras já semeadas, mercado tem estagnação nas vendas
Em todas as regiões do Paraná, os relatos de nossos correspondentes, muito destes ligados à compra, convergem para a seguinte afirmação: o mercado está abastecido. Ao que parece, os preços próximos aos R$ 100,00 a saca e a perspectiva de pouco milho – e pouco milho com qualidade – fizeram com que indústrias antecipassem em demasia suas compras, e assim, hoje tudo parou.
Em lotes pontuais, viram-se negócios a R$ 92,00 no norte, onde teriam sido negociadas 200 toneladas com entrega novembro. No oeste, indicações a R$ 90,00 no disponível e R$ 89,00 entrega novembro não trouxeram os vendedores à mesa. Preços para entrega indústrias entre fevereiro e março na faixa de R$ 87,00 a R$ 89,00 a saca.
MATO GROSSO DO SUL: Números consolidados mostram quebra de 6,5 milhões; comercialização lenta
Em seu boletim, a Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul – consolidou os números da segunda safra do Estado. Segundo o órgão, foram 6,52 milhões de toneladas produzidas, ante a projeção inicial de 9,0 milhões. Sendo assim, houve quebra de 6,5 milhões, o que representou 48,9% a menos. A produtividade geral foi de 47,7 sacas por hectare, ante 75 sacas estimadas inicialmente.
A comercialização foi bastante lenta hoje em todo o estado, e pouco se ouviu sobre lotes ofertados. Nas indicações, R$ 85,00 em Dourados e Campo Grande; R$ 84,00 em Maracaju; R$ 83,00 em Sidrolândia e R$ 82,00 em São Gabriel e Chapadão.
GOIÁS: Rumores de negócios realizados abaixo de R$ 80,00 para o oeste de Santa Catarina
Aos poucos, os compradores no Goiás vão vencendo os vendedores, seja pelo cansaço, seja pela necessidade de caixa. Hoje, rumores levam a crer que foram realizados negócios na região do Rio Verde a R$ 79,00, onde o destino final seria o oeste de Santa Catarina, a um preço final de 92,50 mais ICMS.
Ademais, lotes pontuais foram ofertados, a preços ainda proibitivos para a grande maioria dos compradores, como cerealistas, que não conseguem fechar a conta para fornecerem a outros consumidores.
MINAS GERAIS: Tudo igual no estado – mesmos preços e mesma falta de ofertas
As negociações seguem um ritmo bastante lento no Estado de Minas Gerais. Não parece, de nenhuma forma, ser vontade do produtor vender seu milho. Dentre as tradings que se arriscam, uma ou outra melhora a conta – na tentativa de tomar pequenos lotes – mas não tem jeito: O produtor não “arreda o pé!” Nas indicações, uma grande variação de preços no Estado, onde os preços tendem a ficar melhores em regiões bastante industrializadas, como Uberlândia, onde compradores oferecem até R$ 86,00 pela saca.
Fonte: T&F Agroeconômica