Em mar/25, o Imea manteve a estimativa de área do algodão em 1,52 mi de ha, incremento de 4,20% ante a safra 23/24. No que tange à produtividade, o Instituto permanece utilizando a média ponderada das últimas três safras, de 284,32 @/ha, uma vez que a semeadura finalizou no último dia 28/02 e o rendimento do ciclo dependerá dos fatores ainda em aberto, como o clima, que impactam diretamente no desenvolvimento do algodão.
Diante disso, projeta-se que a produção do algodão em caroço seja de 6,50 mi de t, volume 1,56% superior ao da temporada passada. Por fim, cabe salientar que, com o fim da semeadura no estado, será possível mensurar com maior precisão a área de algodão que foi efetivamente cultivada na safra, tendo em vista que o encurtamento da janela ideal, em virtude do atraso da colheita de soja no estado, impactou a decisão do cotonicultor quanto à área final a ser semeada.
ALTA: ao preço do caroço disponível em MT exibiu elevação de 1,20% ante a semana passada, pautado pelo período de entressafra, que tem limitado a oferta do coproduto no mercado.
RETRAÇÃO: a cotação do poliéster apresentou recuo de 2,30% no comparativo semanal, devido à desvalorização do preço do petróleo nesta semana.
VALORIZAÇÃO: o preço Cepea da pluma de algodão em MT exibiu avanço de 1,02% ante a semana passada, ficando precificado em ¢ R$ 419,98/lp.
Na última semana, o USDA divulgou a primeira estimativa para a oferta e demanda mundial do algodão para o ciclo 25/26
O relatório apresentado pelo Departamento mostra que países como a China e a Índia, os dois maiores produtores mundiais, devem produzir menos no ciclo, pressionando a produção mundial, mesmo com a maior oferta projetada para o Brasil e os EUA.
Assim, a produção global tende a reduzir 3,15% em relação ao ciclo 24/25, ficando prevista em 25,41 milhões de t. Já pelo lado da demanda, a projeção de consumo ficou em 25,91 milhões de t, o maior volume dos últimos cinco anos, o que representa uma elevação de 2,67% ante o ciclo passado.
Esse movimento é resultado das expectativas de menor inflação e preço de energia, que, somadas com a maior oferta de algodão devido aos estoques de passagem, devem trazer um ambiente mais estável para as fiações, favorecendo o consumo global. Por fim, considerando os ajustes citados, os estoques finais ficaram previstos em 16,57 milhões de t, recuo de 2,93% ante o ciclo 24/25.
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Fonte: Imea