Em Mato Grosso, o preço do milho disponível na última semana (19/08 a 23/08), fechou na média de R$ 38,77/sc, alta de 2,41% ante a semana anterior.
Apesar da maior oferta no estado, devido a finalização da colheita, o ajuste positivo no preço semanal acompanhou a valorização da cotação da B3 e foi sustentado pelo aumento do dólar. Ainda, quando comparado com o mesmo período do ano passado, a cotação do cereal em Mato Grosso, está 13,24% maior.
Vale destacar que, o preço do milho em 2023, foi fortemente influenciado pela maior oferta de cereal no mercado interno, devido ao recorde de 52,50 milhões de toneladas produzidos na safra 22/23, e a comercialização em ago/23 estava atrasada quando comparado com as safras anteriores.
Assim, apesar da cotação neste ano estar maior, a grande preocupação dos produtores é que no atual nível de preços (R$ 38,77/sc), não é possível cobrir todas as despesas que tiveram com a temporada 23/24.
ALTA: em decorrência da valorização do dólar, o preço na B3 aumentou 0,82% quando comparado à semana passada, e fechou em R$ 60,30/sc.
QUEDA: devido à valorização do preço do milho em MT, o diferencial de base MT/CME apresentou redução de 12,24% ante a última semana. R$ -9,71/sc -12,24%.
AUMENTO: o preço do milho no indicador Cepea ficou cotado a R$ 59,91/sc, elevação de 1,05% no comparativo com a semana passada.
Na última terça-feira (20/08) a Bolsa de Cereais divulgou a primeira estimativa para a safra 24/25 de milho da Argentina
Assim, a área destinada ao cultivo de milho no país deve alcançar 6,30 mi de ha, resultando em diminuição de 17,10% em relação à safra 23/24.
Esse recuo foi pautado, principalmente, pela preocupação com a crescente incerteza em relação aos impactos da cigarrinha-do-milho, uma vez que na temporada atual (23/24) as lavouras foram fortemente afetadas com essa praga.
Além disso, o clima desfavorável pode restringir os volumes pluviométricos e o cenário econômico mostra-se desafiador, devido à baixa rentabilidade observada na safra atual. Vale destacar que, apesar da divulgação de área, a Bolsa ainda não divulgou a perspectiva de produção para o ciclo.
Assim, com a incerteza da produção de um grande player, abre-se espaço para outros países no quadro de oferta mundial de milho, como é o caso do Brasil, grande exportador do cereal.
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Fonte: IMEA