Para entender o mercado da soja é importante entendermos como funciona a exportação  e a comercialização do grão, Quem são os maiores compradores? O que são tradings? Quais os portos que exportam soja? Como funciona a lógica de comercialização? É o que falaremos nesta série de textos que tem como objetivo contar a história do grão da soja após ser entregue na cooperativa, Cerealista etc.

Começamos nossa série do início quando a soja é descarregada na unidade recebedora de grãos, seja ela na cooperativa, cerealista ou armazém próprio a partir dai uma série de engrenagens ( empresas, pessoas, números) começam a girar para fazer com que o grão de ouro que produzimos em nossos campos seja levado a todos os cantos do planeta para as mais diversas utilidades, que vão desde a alimentação humana e animal, ao setor de energia, cosméticos e outros.

Os principais produtos comercializados são: Soja em grão, Farelo de soja, óleo de soja, e muitos outros. Produtos estes que vão para as mais diversas localidades do mundo, mas esse é assunto para outro texto.



Após realizar a colheita, o agricultor entrega seu produto nos armazéns, onde o grão é limpo, seco e armazenado, a partir dai as empresas começam a realizar as vendas do produto e com isso a soja começa a ser carregada nos armazéns com destino ao porto, para assim ser embarcada ou também pode ser destinado ao mercado interno para o beneficiamento.

Os números são gigantes e mostram o poder do setor no cenário econômico, segundo a Embrapa na safra 18/19 o Consumo interno de soja em grão (CONAB – 06/2019) foi de 44,000 milhões de toneladas,  a Exportação de soja em grão (Agrostat) foi de 83,6 milhões de toneladas, o que totaliza U$ 33,2 bilhões, a Exportação de farelo (Agrostat) foi de 16,9 milhões de toneladas, totalizando assim U$ 6,7 bilhões,  e a Exportação de óleo (Agrostat): 1,4 milhões de toneladas, somando assim U$ 1,0 bilhão (2018). Com isso a receita gerada com a exportação da soja e seus produtos foi de U$ 40,9 bilhões (2018).

Hoje no Brasil existem muitas empresas que recebem grãos, algumas menores outras com representatividade global, entre as líderes do setor podemos citar a COAMO do Paraná, A AMAGGI do Mato Grosso, a C.VALE, e outras cooperativas no RS, PR, GO, sendo as responsáveis por comprar a soja do produtor, beneficia-la e revende-la para as tradings nos portos.

Na lista das 400 maiores empresas do agro, publicada pela revista exame, podemos encontrar algumas dessas empresas que beneficiam e comercializam grãos entres elas podemos citar 4 que dentre muitas outras se destacam neste setor:

  1.  Cargil, empresa beneficiadora de grãos, para a exportação com um lucro liquido de 2,56 milhões de dólares em 2019;
  2.  A Coamo- cooperativa paranaense responsável por 17% da safra de grãos do estado
  3.  A Amaggi-  considerada a 4º maior empresa em exportação de comodities em Mato Grosso e  a 18º maior do Brasil
  4.  C.Vale- cooperativa com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. com mais de 21.000 associados.

Estas e muitas outras empresas, são responsáveis por fazer o cambio entre  produtor e os compradores, empregando milhares de pessoas de forma direta e indireta, tornando o setor ainda maior na economia nacional

Para que essa soja depois de comercializada, chegue até o porto, uma importante engrenagem da economia nacional trabalha arduamente, o setor de logística, para transporte graneleiro o mais forte é o setor rodoviário, porém as ferrovias escoam também uma parte da nossa produção, possuímos hoje uma frota ativa de aproximadamente 2 milhões da caminhões e cerca de mais de 30 mil Km de ferrovias espalhadas pelo país, que são utilizados não somente para o transporte de soja, mas de tudo o que produzimos, e os suprimentos que necessitamos.

Gostou? No próximo episódio falaremos como ocorre a comercialização da soja nos portos e seu embarque nos navios graneleiros.



Redação: Equipe Mais Soja

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