A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) realizou um ciclo de reuniões com adidos agrícolas nesta semana, dentro do 3º Encontro dos Adidos Agrícolas, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com a Apex-Brasil e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A série de eventos ocorreu com representantes do governo brasileiro na Coreia do Sul, Índia, Tailândia, China, Vietnã e Indonésia.

Em 2020, a Abrapa abriu escritório em Singapura – unidade que passou a coordenar as ações do programa Cotton Brazil, focado na promoção do algodão brasileiro na Ásia e na ampliação de mercados. A parceria da associação com os adidos agrícolas e as embaixadas brasileiras nos principais países importadores tem sido essencial.

“São países conservadores, que valorizam o contato pessoal, que não estamos podendo realizar no momento. A presença e o apoio do nosso governo contribuem muito para dar mais confiança às relações comerciais, e os resultados já podem ser conferidos nos números”, observa o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

Exemplo disso é a ampliação em mais de 150% das compras de algodão brasileiro pela Coréia do Sul, de janeiro a setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, as importações da fibra brasileira somaram US$ 45,35 milhões. Neste ano, já superaram US$ 113 milhões. Com isso, o Brasil passou à frente dos Estados Unidos na preferência do mercado têxtil sul-coreano.

“Apesar de todas as limitações impostas pela pandemia da Covid-19, o mercado local entendeu que as ações de promoção do algodão brasileiro feitas pela Abrapa são de longo prazo. Isso transmitiu mais segurança aos empresários, e a estratégia de aproximação gerou resultados concretos”, analisou o adido agrícola brasileiro na Coreia do Sul, Gutemberg Barone, durante a rodada de reuniões com representantes do Mapa nos países asiáticos.

A pauta incluiu um balanço das ações realizadas em 2021, perspectivas para 2022 e a apresentação de novos adidos que irão assumir seus postos a partir de fevereiro do ano que vem. “Além de posicionamento comercial, alinhamos temas importantes, como políticas tarifárias e requisitos burocráticos que são críticos para o processo de importação do algodão. A parceria com os adidos auxilia nosso trabalho de promoção junto aos mercados compradores” afirma Busato.

Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor de algodão no mundo e segundo maior exportador – ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Noventa e nove por cento do volume destinado à exportação são embarcados para o mercado asiático.

Fonte: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão – ABRAPA

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